Todos os posts de Áℓiѕѕση Suriani

Sabe aquele cara que gostar de jogar um videogame, ler um livro, vez ou outra ver uma série, anime ou filme, escutar uma boa música, viajar e relaxar com o verde da natureza? Este sou eu. Viaje comigo neste mundo nerd!

É fato

Você acendeu em mim uma chama tão ardente que não posso apagá-la. Tento esquecê-la, manter-me distraído e entender que tudo acabou, mas meu coração não aceita.

Tento te procurar, mas sei que não vou mais te encontrar. Aquele sentimento que aqui ficou não quer se apagar. Olho para os lados e não sei onde está. Por que tem que ser assim? Por que partiu de mim e deixou uma marca que não quer se apagar?

O amor foi tão forte que fica difícil compreender que ele se foi. Não faz sentido minha vida sem você. Tento me manter distraído, então me lembro que quem me mantinha distraído era você.

É tão difícil dizer adeus a esse sentimento que não desencana. Ei, sai de mim! Sai de mim, sentimento que me machuca. Eu sei que esse amor eu não posso mais ter, então, porque ele insiste em habitar dentro de meu ser?

Eu sei, é fato que tudo se acabou. Eu olho as notícias na TV, no jornal e nas páginas da internet e vejo que você se foi para sempre. Não, você não se foi. Você estará para sempre em mim, estará para sempre em meu coração.

A canção que você compôs para mim, eu jamais a esquecerei. Pois, onde quer que esteja, sua luz caminhará junto a meus passos, mesmo que você não mais regresse para me dar um pouco de felicidade. Porque sei que essa chama jamais se apagará. É fato!

Ei, por que tem que ser assim?

Homenagem a Cristiano Araújo.

A dança secreta da Beyoncé

https://www.youtube.com/watch?t=18&v=IC4_w5DWxKI

Bliss

Admiração em teu jeito de ser. Fascinante, livre, sadia, segura, confiante.

Como não almejar tais qualidades e ser como és? Parece-me tão artificial.

Nada a ti é superficial. Vejo teu rosto cheio de brilho, tão cheio de teu ser, tão vívido, tão fúlgido. Similar ao divino em terras perdidas, livre em uma grande ilha. Toca o céu com seus olhos azuis, mais brilhantes que o gigante azul de paladar salgado.

Tua felicidade não se finda. Tua paz exala por quilômetros de raios. Todos querem ser como a ti. Todos querem essa paz.

Ser tão bondoso que conhece apenas a paz, a alegria, a esperança. Busca nos viventes o mais oculto dom de bondade. Sabes que todos são capazes de uma vida calma e generosa. Sabes que a capacidade pertence a cada corpo, mesmo que lhe pareçam tão intangível. Sabes que todos são belos aos olhos de quem vê.

Brigas? Invejas? Não há dia ruim. Se há fúria no coração de outrem, rebate com uma tranquilo tom vocal, paciente e doce. Teus vocábulos proferidos como um canto em que desejo adormecer nesta paz sonora. E continuar a viver como um sonho. Um sonho que produziste em meu ser. Uma paz. Uma natureza de belos pássaros cantando sobre mim.

Raiva? Próximo a ti é apenas sentimento fantasioso, em livros de vilões existentes apenas em nossa imaginação. Tua alma não consegue odiar nem o mais bruto dos seres. Encontras a paz no espírito de cada. Dialogas, ouves, atribuis a cada problema uma solução. Convertes a maldade em luz, as trevas em compaixão, a solidão em solidariedade.

Admiro. Desejo ser como és. Não por inveja, mas para encontrar meu melhor ser. Ser melhor é o que pretendo ser. E reconfortar pobres almas que também já desistiram de ser luz nesse mundo de escuridão.

Indicado por: Marcelo Loriano

What happened here?

Ainda vou entender o que aconteceu aqui, nessa entrevista.

Wonderful Life

Um banquinho, um violão, um dia ensolarado ao lado de tantas árvores. Ventava, não muito forte. Um amigo a quem devo tanto. Momentos incríveis. Amizade, sentimento forte. Sinceridade, respeito, confiança. Cumplicidade. Quando se pode contar com alguém.

Uma frase define: “Alguém que sabe todos os seus defeitos, mas que sempre estará próximo.”

Amizade não define cor, credo, política, sexo, distância ou opiniões. Amizade não se explica, sente-se. Amizade é isso. Somos nós. Somos você e eu.

Agora feche seus olhos, ouça a canção que lhe dedico. Nada define o que vivemos. Não seria a mesma coisa com outra pessoa. Não teria o mesmo significado, nem a mesma força. Momentos simples que se tornam tão boas lembranças. Momentos que não gostaria de ter com outro alguém.

Sei que pode me ouvir com o coração, onde quer que esteja, pelo que quer que esteja passando. Vê-me a seu lado? Sim, estou aí, olhe bem. Sempre estarei. Sente-se só? Sente-se assustado? Estou aqui para lhe dar o ombro.

Compartilhar, palavra tão pouco usada, mas tão bem praticada. Lembra-se das gargalhadas? Das raivas? Dos sucessos? Das tristezas? A companhia se fez luz e destruiu a escuridão que nos ladeava.

Bastava um aperto no peito e uma ligação para ouvir, com voz distante, de coração definhado, a me dizer: “Preciso desabafar” e eu iria correndo. Era uma troca justa: uma lágrima por um sorriso. No final das contas, tudo havia valido e nada entre nós transformava-se em dívida.

Fora um sentido “a mais”, algo que valeria a pena prosseguir. Quando um buraco sob meus pés se abria, você estendia suas mãos para me tirar dali. Era imperdoável sentir-me assim.

E agora, nosso caminho se bifurca. Cada um com seu próprio destino, seus próprios sonhos. O mesmo olhar distante que se encontra pela última vez, prestes a partir. Um violão sem mais afinação, que será tocado apenas com uma mão. Uma canção de uma nota só.

O que aconteceu? Não deveríamos ser uma dupla? Vozes em harmonia? Por que tem que ser assim? Não sei, mas não há o que fazer. Era hora de seguir sem olhar pra trás. Serão lembranças a partir daqui. Um tempo bom que não se regressará.

Adeus, velho amigo. Espero que trilhe por bons caminhos. Desejamos bem a quem nos queira o mesmo e sei que conto com essa tal reciprocidade. Viva bem. Só lhe peço que jamais me esqueça, pois, onde quer que esteja, sempre haverá alguém para se lembrar dessa amizade, não importa quanto tempo passe.

Sou grato pelos maravilhosos dias que passamos. Jamais te substituirei, pois sei que nossos caminhos cruzar-se-ão no mais tardar.

O Outono e a Saudade

Sozinha. É assim que prefere estar?

Pelo tempo em que estivemos juntos, apeguei-me a você. Você sempre foi tão linda, tão doce. Eu me apaixonei depois de um tempo, ao ver seu sorriso todos os dias, poder acordar e ver seus longos cabelos espalhados pela cama. Aquele doce frescor quando você saía do banho. Era a razão da alegria de todos os meus dias árduos e cansativos.

Eu te amei e continuei te amando de tal forma que jamais pudesse me imaginar com outro alguém. Acostumei-me a todos os seus defeitos, àquela rotina, às vezes chata, às vezes tão divertida. Fizemos grandes planos, tivemos nossos filhos, nossos cachorros.

E esse sentimento não se foi. Continuo a te amar e continuarei até que meus dias se findem, mas isso não parece ser o suficiente. Toda aquela primavera, de amores inocentes, passando pelo verão quente e excitante, chegou ao outono, onde tudo começa a se esfriar. E agora sinto que devo partir.

É essa a realidade que você quer para nós? Completava-te da mesma maneira que você a mim e isso me fazia tão bem. Quero te encher de esperanças, mas não posso me tornar algo insistente em sua vida. Se é como queira, devo partir.

Você diz que sempre cuidou de mim, mas não quero saber só desse passado. Quero que cuide no agora e no futuro, até ficarmos velhinhos e nos despedirmos para o mais além. Você diz que sempre me amou, mas uma pessoa não é capaz de amar a outra sem nunca ter se amado. Você diz que nossa hora chegou. Nosso amor era apenas um tempo pré-determinado?

E agora? Para onde vou? Quem curará suas ferias quando eu partir? Quem te roubará dos braços da solidão quando aos prantos vocês cair? Quem te fará erguer-se quando de joelhos não se permitir sair? Quem lhe dará forças? Quem lhe aliviará de todas as dores?

Se devo partir, o farei. Deixo nossas lembranças e levo comigo uma eterna saudade. Não se arrependa de tal decisão, pois breve poderei estar nos braços de alguém, para cuidar-lhe das feridas. Espero que fique tudo bem.

Foto de Guillaume Meurice no Pexels

Gravedigger

103 anos. Sinto ser este o meu último na Terra. Quem sou eu? Apenas mais um coveiro. Um coveiro que já viu o bastante nesta vida. Agora chegou minha hora, chegou minha hora de partir.

Já vi mães enterrarem seus bebês. Uma mãe que, lamentavelmente, perdeu seus dois filhos na Segunda Grande Guerra. Aquela guerra que, sem quaisquer motivos, matou tanta gente que não tinha nada a ver com os interesses daqueles que se nomearam nossos líderes.

É normal uma mãe ser enterrada pelos filhos, mas o contrário é inaceitável. Eu via dor em seus olhos. Os garotos levaram consigo as lágrimas maternas desesperadas por uma lastimável situação. Quanta dor. Ninguém naquele velório era capaz de expressar o que ela sentia.

Essa mulher, pobre, órfã, perdeu seu marido na guerra, perdeu seus filhos pela guerra. Sua vida era, agora, uma guerra perdida. Aquela dor não se transformava em rancor, não conseguia.

Ódio de quem? Do exército? Da guerra? Dos líderes. Quem ela poderia culpar? Era aquela uma situação sem culpados? Ou seriam culpados com motivos pífios? Por que eu sinto aquela dor e não posso ajudá-la? Será que também tenho culpa de fazer parte daquela realidade?

Vejo uma mãe sofrer e que posso fazer por ela? E o que ela poderá fazer de agora em diante? Estava só, estava confusa, seu coração estava partido. Seus filhos jamais voltariam.

A morte é algo intrigante, que te leva sem dor, sem piedade, sem arrependimentos. Basta um minuto distraído e ela te leva, sem destino.

E agora, me despeço. Depois de fazer parte de histórias como essa, deixo aqui meu legado. Quantos já enterrei? Não sei, mas agora chegou minha hora de ser enterrado. Encontrarei essas crianças e tantas outras pessoas para onde vou agora. Talvez.

Só peço que me enterrem a menos de meio palmo da terra, para que quando chova, ainda possa sentir as lágrimas dessas crianças, desses jovens e de todas as outras pessoas que um dia eu enterrei. Tantas, sem motivo algum.

> Indicado por: Marcelo Loriano

Rhayane (Brisolo) fazendo Escola

Pois é, Galera! A Rhayane continua fazendo escola por aí.

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FanPage: Etlândia III

Se você não conhece a Rhayane do Brisolo, veja neste post

Roads Untraveled

Deparo-me com um amigo, deitado às sombras de uma grande macieira, olhos vermelhos, lágrimas no rosto. Ignoro meus problemas por um instante, pois este precisa de mim. Ele fora machucado.

Soldado  numa batalha que todos enfrentamos, este rapaz, meu melhor amigo, faz o tipo romântico, jeito raro em dias presentes. Flores, chocolates, passeios de mãos dadas por bosques, serenatas com violão, jantares a luz de velas com músicas românticas, fazem parte de seu generoso estoque de munição.

Esse meu amigo foi pego pelo amor há mais de dois anos, por uma bela ruiva de cabelos cacheados. Era mais velha, mas correspondia a seu amor. Os dois tiveram uma linda história de amor por esse tempo.

Confesso que, por ser meu melhor amigo, sentia certa ponta de ciúmes. Aquele tempo, antes dedicado a mim, fora partilhado e reduzido a ponto de eu ser apenas uma opção em sua amizade. Mas, respeitei, afinal não era sempre que ele encontrava alguém, também pelo fato de ser tímido.

Quem via de fora, imaginava que tudo estava bem. Quem estava por dentro, sabia que existiam seus problemas, mas nada fora do normal.

Entretanto, o tempo foi passando e ele fora descobrindo coisas terríveis. A garota não era tão boa e não correspondia da mesma forma. Ele tentara salvar seu namoro, imaginando que fosse algum problema com ele, mas não era. O problema era ela.

Traição, mentiras, omissões. Aos poucos, o garoto sentia seu coração se partir cada dia mais. Ele chorava, sentia-se mal, não acreditava que tudo aquilo poderia estar acontecendo a ele, um garoto romântico que fazia de tudo por ela.

Um dia, ainda apaixonado, ele resolveu terminar. Ela, apenas continuou a seguir sua vida, com outros caras, sem se importar com o amanhã.

Hoje, encontro-o ali, baixo àquela árvore, chorando, mesmo 3 meses depois. Eles nunca mais trocaram uma palavra, mas a garota continuava a seu coração.

“Amigo, não chore!

Não chore por caminhos que você nunca andou, não chore por aquilo que sempre tentou. Você deu o melhor de si mesmo, foi romântico, respeitou e foi sincero. Ela nem deu a mínima. Sei que esse é o pior tipo de dor que existe, quando você se entrega e não tem o mesmo retorno que espera.

A vida é injusta, sim! Mas pessoas maravilhosas como você estão tentando fazer deste, um mundo melhor. Nunca pare de tentar! Algum dia, você encontrará alguém para partilhar seu coração.

Não é porque uma pedra te derrubou algum dia que você tomará cuidado sempre em todo seu caminho. Quem sabe, algum dia, essa pedra não se torne sua aliada.

Desista desse seu coração quebrado e deixe os erros passarem, aprenda a perdoá-los e traga-os como um aprendizado. O amor que você perdeu não vale uma lágrima, não deve valer um pensamento seu, não vale tudo aquilo que te custou. Algum dia, você será grato pelo que passou.

Talvez esse amor que você sente aí dentro nunca acabe. Independente disso, sempre que você precisar, saiba que estarei aí, sentado a seu lado. Para te dar forças.

Algum dia, você será compensado pelo bom coração que tem. Só nunca o perca!”

Gostou ou não?

Alguém me explica se o indivíduo abaixo gostou ou não da música? Eu mesmo não entendi nada! gostou ou nao

Last Hope

Desistir…

Palavra que ecoa tanto em minha cabeça. Obstáculos que me derrubam, fazem-me chegar até aqui. Estou chorando. Meu coração, despedaçado. Minha cabeça dói. Estou uma bagunça. Não vejo ninguém. Não vejo nada.

Desistir?

O destino me trouxe até aqui. Apenas um robô controlado por mãos alheias. Não almejo algo tão metódico. Pensei que, guiado, seria mais feliz, mas as dificuldades fazem parte do processo. Serei feliz apenas quando der o meu melhor, quando souber quem sou de verdade, quando à prova, me por.

Desistir? Jamais!

Há uma faísca que pode crescer e se tornar um fogo de esperança. Apenas uma faísca, mas o suficiente para me fazer crecer.

Eu durmo e acredito que tudo será diferente amanhã. Serei melhor e farei melhor. Durmo com muitos planos para o dia seguinte. Amanhã será um dia melhor. Ao acordar, percebo que nada mudou. A vida é aquela velha vilã de todos os dias.

Uma velha vilã? Então venha! Sou um novo heroi a cada dia, disposto a vencê-la e hoje estou preparado. Tudo será do mesmo jeito enquanto eu permanecer intacto. Está na hora de transformar toda essa esperança em ação. Deixe que a vida aconteça, que eu a transformo em algo melhor.

É apenas um brilho de esperança, mas o suficiente para elevar um espírito guerreiro, para estar de pé dia após dia e lutar por aquilo em que acredito. As feridas já não me machucam mais. Sei que já fazem parte de mim e por isso as tratarei como lembranças que me fizeram amadurecer. Estou mais forte e é essa força que me mostra que toda essa esperança que carrego, não é em vão.

Então, deixo que a vida aconteça. Uma batalha a ser vencida que não se finda com o cerrar dos olhos. É só uma faísca, eu sei, mas é o suficiente para me fazer continuar. Mesmo que esteja escuro e não haja ninguém para me acompanhar, essa faísca dentro de mim brilhará, mais e mais forte, para que eu possa continuar seguindo.

>> Música indicada por Tamires Domingues

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Jovem inconsequente

Eu pensava que tudo era muito fácil. Viver, apenas uma diversão. Jovem e imaturo. Acreditava que a vida fosse um simples jogo. Apertar um botão e recomeçar. Todos os erros iriam embora, tudo poderia ser refeito.

Então, algumas consequências começaram a surgir. Eu sentia o tapa no rosto de cada uma delas. O ardor me lembrava de todos os erros cometidos. Aquilo não era um jogo tão fácil quanto imaginava. Cada cicatriz, um aprendizado novo, uma angústia que não se curava.

Eu não conseguia lidar com toda aquela nova situação. Via meu corpo sangrando por todos os lados. Cada falso passo, um medo diferente. Cheguei a fechar meus olhos para o problema. Se eu morresse, pelo menos teria aproveitado tudo.

Então você me trouxe de volta à realidade. “Calma” era o que você me pedia. Tem sido o motivo para eu acreditar que poderia continuar vivendo. Vivendo para sempre. E eu não posso ignorar isso.

Entendi que, quando se machuca alguém, aquilo pode ficar marcado por toda a sua vida. Todavia, só havia entendido quando meu coração foi brutalmente ferido. Uma facada nas costas que atravessou todo o meu ser, perfurando meu coração. Aquilo me fez sangrar. E aquele sangue me fez repensar em tudo.

Eu era tão inocente, tão tolo. Como poderia acreditar que tudo que eu fiz era mero passatempo? Por que não pensei em todas as pessoas que cruzaram meu caminho? Desperdicei a chance de ouvir, continuar e vivenciar suas histórias. Perdi a chance de fazer parte de tantas vidas maravilhosas.

Eu deveria morrer por tudo isso, mas você sempre acreditou no meu potencial, sempre esteve ao meu lado a espera de que algum dia eu pudesse mudar. Esteve todo o tempo onde eu pudesse encontrar. Por você, valeria a pena morrer.

Eu brinquei com facas, entrei em celas de leões, vi lágrimas molharem o chão a cada palavra, a cada ato próprio. Eu ria. Era uma situação prazerosa. Eu dancei no fogo, cometi todos os pecados. Agora, estou pronto para assumir a culpa e pedir perdão.

Não ouvirei doces palavras de quem um dia eu machuquei, mas quero estar em paz comigo mesmo. Viverei para sempre, pois sei que vale a pena. Não serei lembrado como gostaria, mas lutarei para que esses dias vindouros sejam melhores.

Uma pessoa melhor eu serei. Uma vida digna terei. Para sempre viverei

Drones (Texto Completo)

Leia abaixo a história completa de Drones, inspirado no álbum homônimo da banda Muse:

01 – Dead Inside

O personagem conversa consigo mesmo sobre todas as coisas ruins e desiste de viver. Todos aqueles maus momentos se passam por sua cabeça, enquanto permanece num chão frio, coberto de sangue. Toda aquela trajetória, desde ser apenas um lacaio que se vê como um expectador, passando pelo momento em que se torna o braço direito daquele homem até o momento em que se arrepende. Entretanto, uma voz grita ‘reaja’ para que ele possa consertar seus erros como se deve fazer.

02 – Psycho

O personagem começa contando a história que ele menciona em ‘Dead Inside’. Um homem, tido como Deus, venerado e obedecido faz com que todos sejam seus lacaios. O personagem tenta libertar os outros, mas é tentado com promessas de algo melhor. A priori, ele acredita que pode libertar a todos, tornando-se um ‘agente duplo’, mas tantas regalias lhe faz dominado pelo poder.

03 – Mercy

Ao perceber que fora traído por si mesmo, o personagem tenta reparar o erro, libertando a todos. Entretanto, aquele venerado homem, acusa-o de traição, indicando que ele deve ser punido para que nenhum dos segredos vaze. Ele é perseguido e violentado. A dor física e emocional o consome. Ele clama por misericórdia.

04 – Reapers

O líder sabe que todos o obedecem e gosta desse poder. Pode fazer o que quiser, elimina quem for contra, mas continua sendo venerado. O personagem se sente responsável e culpado por agir como aquilo. Lá dentro, uma guerra se inicia.

05 – The Handler

Pensando ter fugido, o líder opressor encontra o personagem e tem um diálogo com ele. O líder se gaba por ter todos na mão, enquanto o personagem, que fora usado apenas como cobaia é tido por matador. O personagem diz que fugirá, mas o líder debocha dele, instigando-o a fugir.

06 – Defector

O personagem entra em conflito interno. Quer fugir, mas não pode, pois deve consertar o erro que cometera. O líder continua a debochar dele. Entretanto, alguns captam a mensagem e capturam o líder, levando-o para outro lugar. O personagem se vê diante da saída.

07 – Revolt

O personagem continua em conflito interno. Fugir e viver, voltar para lutar e morrer. O que fazer? Aquela voz que ordenou sua reação se materializa diante de seus olhos. Ambos conversam sobre o que é certo ou errado. Ele resolve fugir com outros, poucos, deixando que ali continue uma guerra.

08 – Aftermath

Finalmente em casa, o personagem encontra-se nos braços de sua amada. Aquele é seu refúgio. O personagem declama frases de amor, dizendo que sempre deve cuidar dela, pois ela cuida dele também, sabe seus medos, suas fraquezas, mas sempre está junto a ele. É ela quem lhe dá forças para viver.

09 – The Globalist

O personagem encontra o líder em estado de sofrimento. Pensa até em vingança, mas resolve sentar-se e ter uma conversa franca com ele, sobre as consequências e o mal que todo aquele poder lhe causou. Apesar de tudo, o personagem tem esperanças de que, algum dia, ele se tornará uma pessoa melhor. E, quando isso acontecer, ele estará disposto a lhe dar sua amizade.

10 – Drones

Todo aquele mal lhe passa pela cabeça, como um compilado, para que ele leve como aprendizado na próxima vez. O mundo deve ser mudado, mas para isso, eu preciso me mudar. Então, devo começar hoje mesmo?

Drones

Mortos. Mortos por alguém frio que só queria poder, que, com ninguém, se importava.

Mortos. São da minha família, são da sua. São meus amigos, são seus. Mortos por alguém que usou mal sua cabeça. Mortos por tentarem ser alguém.

Mortos. Estou morto por dentro. Estou morto por ver um mundo dominado por psicopatas. Eles não têm misericórdia. Ceifadores. Manipuladores. Sou um desertor que se revolta e implora por um mundo melhor. Mas, as consequências só vem para mim. Consequências desses poder globalista.

Mortos. Mortos por esses drones.

Continuaremos nesse mundo de sangue e destruição? Quando o mudaremos?

The Globalist

Podemos ter tido um momento de paz, um momento de virtude, um momento de esperança, mas isso não quer dizer que os problemas acabaram. Devemos lutar por um mundo melhor.

(…)

É estranho imaginar como o ‘jogo vira’. Antes, aquele opressor, com tamanho poder, estava ali no chão, com suas vestes rasgadas, sujas, sangradas. Parece ironia, mas ele se agonizava. Meu coração batia trêmulo, sentindo um pouco de piedade por alguém que tanto fez mal.

O que fazer? Perdoar? Pisar? Proferir-lhe toda a verdade para fazê-lo sentir-se culpado?

Sentei-me a seu lado. Ele não parecia almejar uma conversa. Senti pena daquele indivíduo. O que o fez chegar a tal ponto? Não lhe perguntei. Saberia que a resposta não viria.

“E aí, cara, tudo bem com você?”

Não houve respostas. Apenas um olhar vazio e distante.

“É estranho ver uma pessoa que tanto fez mal, para mim também, numa situação degradante como essa.

Não imagino o que tenha acontecido a você. Pode ter sido traído pelas pessoas de seu convívio, pode ter tido o coração dilacerado por alguém, pode ter confiado nas pessoas erradas.

Cruzou pelas estradas erradas, com os errados, com quem poderia ter te feito mal. E começou a achar aquilo normal. Agiu com outros da mesma forma. Não sentia remorso, não sentia culpa, não pesava na consciência. E hoje te vejo nesta situação.

Perdeu todo o império que um dia lograra. Se alguém não ‘dançasse conforme a música’ para você, bastava substituí-lo sem o menor pesar. E foi assim que seguiu pela vida.

Nutriu um ódio por essa terra, nutrindo ódio em vidas alheias. Ciclo viciado que desprezava qualquer sentimento de bondade. Semeou o negativo por terras de impureza infértil, de bondade antes em potencial, de bondade hoje em estágio final.

Foi dos inocentes um deus, venerado, alimentado, almejado. Crentes por algo melhor se tornaram. Esqueceram-se de suas vidas, antes maravilhosas, maximizados aqueles problemas outrora insignificantes. A vida tornara-se melhor. Tornara-se?

Mas aquele mesmo ódio semeado, plantado e nutrido, foi colhido e repartido entre os seguidores de tal fé. O ódio, antes enrustido, se digeria e escapava entre o único poro restante de uma mente que almejava poder. E o poder, derrotado pelo poder, se esvaneceu.

Agora não sobra mais nada. Apenas um chão frio e seco, coberto de sangue derramado pela ira. A lágrima que escorre é apenas consequência. Todos se foram. Não há sobreviventes por perto, não há mais alguém para amar ou odiar. Só lhe restava a solidão.

É da natureza humana: Destruir por acreditar em um ciclo interminável. Nada é eterno. Esse ciclo se rompeu e hoje o que resta é o pó. O pó que o vento leva para nunca mais. De tudo, lembranças ruins e uma consciência que jamais se cala.

Levante-se, erga-se. Há ainda uma vida a seguir. Nova? Depende de você. Faça o bem, semeie o bem, por mais incomodante que seja. Todos podemos recomeçar. Ainda há algo belo aí dentro, basta procurá-lo. E, se algum dia, essa carapaça arranhada se quebrar completamente e revelar um homem de forte luz espiritual, pode ter certeza que um belo caminho de flores e nuvens claras surgirão, amigos verdadeiros aparecerão e um pensamento de harmonia te contagiará.

E quando este dia chegar, quando um verdadeiro humano se libertar, chame a mim para uma amizade brindarmos. E, quem sabe, um copo de cerveja tomarmos.”

Aftermath

Em teus braços encontrei o amor e o refúgio que outrora sonhara para mim.

(…)

Sujo, cansado, faminto, revestido por sangue. Finalmente em casa. Ao abrir a porta, volto a sorrir. Encontro a felicidade no sorriso de uma pessoa. Aquela que sempre me deu carinho, me deu forças e me deu abrigo, recebendo-me com gentil sorriso.

Preocupação. Tira todas aquelas vestes rasgadas e lava minha alma num banho. Veste-me com limpas roupas e me afaga em seu colo. Abraça-me forte. Chora tímida e discretamente, permanecendo forte para elevar meu espírito.

Posso não ser o heroi que mata leões ferozes, posso não ser forte para derrotar dragões de sete cabeças, posso não ser corajoso a escalar grandes montanhas, mas nada lhe importa, que escolheu dedicar-se todos os seus dias de sua vida à minha.

Choro. Sempre pedi alguém que me compreendesse, que aceitasse viver com todos os meus medos, meu temores, minha insegurança. Não sou perfeito, mas nunca precisei para ter uma pessoa tão maravilhosa ao meu lado.

Prometi a mim mesmo que sempre cuidaria dela como também sou. Não por obrigação, mas por zelo.

Só jamais estarás. De ti cuidarei. A teu lado estarei. Grandes obstáculo enfrentaremos, pois se não formos capaz de derrotá-los, nossos corações permanecerão como um. Cuidaremos bem deles.

Quero viver o resto de minha vida inteiro, pois és parte de mim, és meu alento, és aquela quem me completa, aquela a quem meu coração pertence. Agora e sempre.

Quero adormecer em teus braços, pois é onde encontro refúgio, onde me sinto seguro, onde devo estar. E estarei aqui para oferecer o meu para te proteger, para te aninhar, ou por razão alguma.

Eu posso ter perdido todas as minhas lutas. Posso ter sofrido boa parte de minha vida. Posso estar cansado de todas as mentiras. Posso estar uma bagunça. Posso querer desistir do mundo. Quando te vejo, quando vejo teu sorriso, deito-me em teus braços e me aconchego, sinto todo o vazio de meu peito se esvair. Sinto-me protegido. Sinto-me bem. Pois, és meu refúgio, és minha vida, és meu eterno ser. És quem há muito almejei ter.

Nunca estarás só, pois a ti pertenço.

https://www.youtube.com/watch?v=zFjhC0T7jXE

Revolt

  • Reaja! Você é capaz de erguer a cabeça e seguir. Seja guerreiro. Você pode se rebelar.

(…)

“Reaja!”. Essa frase me motivou a sair daquele chão frio, mesmo não sabendo de quem era. A liberdade estava próxima. Poucos passos e logo estaria longe dali.

Mas não posso sair. Há uma guerra ali dentro. Devo ficar e ajudar, devo me redimir de todo mal que fiz, transformando todos esses lacaios do poder em homens de bem. Fazer o mal é muito fácil, fazer o bem e se preservar deste lado, não. Entretanto, voltei à luz e eles também podem. Devo voltar.

Posso morrer. O que fazer? Essa dúvida machuca meus pensamentos, fere meus sentimentos. E se eu sair dali e ele me alcançar novamente? Ele, o mal. Sinto o gosto da liberdade que, todavia, se mostra a cada minuto mais distante. Sei que esse é um mal que nunca parará. O que fazer? Sou parte desse sistema, devo ser parte de sua destruição também!

Quando toda a guerra acabar, tudo voltará a ser o que era antes. Um poder, vários em seu poder. Não posso fugir desse controle. Não posso ter essa liberdade. Não apenas eu.

Sinto-me fraco para continuar, sinto-me em dúvida. Fui cruel. Não devo tomar minha liberdade. Perdi minha alma, perdi meu caráter.

“Não pense assim!” – dizia a mesma voz de antes, agora em matéria.

“Você não está só, você não perdeu sua alma. Seu arrependimento é válido. Aqueles homens foram consumidos pelo poder. Se você foi capaz de se libertar disso, eles também podem!

Vê, atrás de você? Quantos ali não perceberam o mesmo. Estão ensanguentados, com frio. Preferiram a liberdade. Compreendeu que todos merecemos respeito por igual, não vivermos em uma hierarquia de poder. Eles são jovens sedentos por liberdade e esperançosos por um futuro melhor.

Assim como eles, você ainda tem muito a provar. Já provou o gosto de sangue e fome desta terra, agora deve sentir o frescor da brisa e da água pura.”

Ele me mostra suas cicatrizes.

“Eu já fui um de vocês e os estive observando. Ajudei quem fosse preciso, como ajudei você. Fiz o que você almejou, recusando minha liberdade. Alguns são ingratos e acreditam que somos todos egoístas, que somos todos iguais, que somos todos maus, que não queremos ajudar ninguém. Nem todos somos assim. Somos ainda o que chamam de ‘a esperança da humanidade’ e assim que continuaremos a agir.

Por isso, vá! Vão. A liberdade os espera. Vocês têm muito a crescer, muito a ver. Acompanhem seus filhos, cuidem de suas famílias, preservem seus amigos, pratiquem o bem e a solidariedade. A vida é bela para continuar desperdiçando. Não sejam mais escravos de nada ou ninguém. O mundo ainda acredita em pessoas boas como vocês. Sejam a alegria, a felicidade, a verdade, a vida.

Espalhem coisas boas para o mundo.  Não sejam escravos da maldade só porque muitos são assim. Não façam o mesmo que os tolos só porque é divertido. Tenham caráter, tenham moral. Tenham uma vida digna e plena, sem se preocuparem em recompensas. Sejam os verdadeiros humanos.

Vocês podem fazer este mundo ser o que quiserem.”

https://www.youtube.com/watch?v=ZuL3GsnhbdE

Defector

  • Livre! Sim, estou livre.

(…)

_ Fuja! Fuja, desertor.

Aquelas palavras. Aquele sorriso de deboche. O que fazer? Estou fraco.

Pense! Você precisa escapar daquilo. Sua liberdade está em jogo. Precisa fugir de seu opressor. É você quem comanda sua vida, não ele. Ele não pode mais te controlar. Não pode comandar sua vida.

E os outros? Deixo-os aí? Eles não estão nem aí para você. Querem te matar, querem se matar. Você está sozinho agora. O mundo é apenas dele. Apenas de seu opressor.

Não! O mundo não é dele. Seu mundo está desmoronando. Eles se matam. Eles não têm mais o controle. Ele não tem mais o controle. Tudo está fora de si. Todos querem se matar. Todos querem poder. Todos são egoístas.

Eles se aproximam. O sorriso de deboche desaparece. Capturam-no. Capturam-me, mas me deixam cair. Levam-no. O poder secundário não lhes basta. Eles querem mais. Eles querem todo o poder. Não querem ser apenas um drone, mas o manipulador, o opressor.

Um dia da caça, outro do caçador. Quem diria? O opressor foi capturado.

Poder. O poder lhe subiu à cabeça. O poder lhes subiu à cabeça. Dê poder a um homem e verá as consequências. Eles não podem ser mais controlados. Eles têm desejos. De poder, de sangue, de vitória. Eles nem sabem mais o que fazem.

Ninguém mais. Ninguém mais estava ali, do meu lado. Todos se foram. O que farão com o opressor? Não sei.

Só sei que ali está uma luz. Uma luz à minha frente. Não vejo mais nada, além de minha liberdade.

Sim! Estou livre. Estou fraco, mas estou livre.

The Handler

  • Então, era aqui que você se escondia?

(…)

Destruição em massa. Sangue. Fogo. Gritos. Guerra.

Levanto-me daquele chão frio. Machucado. Vestes rasgadas. Caminho. Devagar. Manco.

Gritos. Choros. Tragédia.

Caminho. Manco. Paro. Uma luz. Uma sombra. Passos.

Caminho. Manco.

Os passos se aproximam. Alguém me observa. O medo me controla. Caio no chão. Choro.

Meu opressor. Meu manipulador. Fui encontrado. Estou derrotado?

Um sorriso. Deboche. “Finalmente, nos encontramos”. Era ele. Meu opressor. Aquele que me deu poder e me tirou a alma. Estou ferido, estou sujo. Levanto-me. Olho em seus olhos.

_ Não serei mais controlado por você ou ninguém.

Outro sorriso. Um tapa no ombro. Caio. Outro sorriso.

_ Não sejas tolo, não podes me derrotar. Tenho o mundo para mim, tenho todos para mim. Tenho poder!

_ Deixe-me em paz! – Grito – Não sou seu fantoche mais.

Outro sorriso. Deboche. Gargalhada.

_ Controlo quem eu quiser.

_ Pode me controlar, mas não mudará mais quem eu sou, não será capaz de controlar meus sentimentos.

_ Não vou precisar deles!

Sussurro. Deboche.

_ Não sou sua máquina. Não sou mais algo a ser controlado. Não sou um drone. Deixe-me paz!

_ O que farás?

_ Fugirei.

Deboche.

_ Então fuja!