- Hey, Priscila! Você por aqui nesse bar?
- Edu! Que surpresa agradável em ter sua presença.
- Igualmente. Estava com meus amigos naquela mesa mais distante, distraindo um pouco a cabeça. Se tivesse te visto antes teria te chamado para se sentar conosco.
- Tudo bem! Estou aqui com uma companhia de anos, meu amigo Martin.
- Tudo bem, Martin? Prazer em conhecê-lo
- Igualmente, cara.
- Bem, preciso ir. Está um pouco tarde.
- Não, por favor, sente-se aí. Fique mais um pouco e tome a saideira conosco. Estava eu aqui já começando uma história que vivi há alguns meses. Seria bom ter seu olhar crítico.
- Você sabe que sempre instiguei suas histórias.
- Por isso que você é o ingrediente perfeito para minha receita. Por favor, sente-se.
- Camarada, por favor! Desce mais uma gelada pra essa mesa aqui.
- Sim, amigo. Peça uma bem gelada, pois a história que tenho pra contar é uma bebida amarga que desce por nossas gargantas.
- Como uma bebida quente?
- Sim. Uma bebida quente que viria bem a calhar às pessoas de temperamento frio que existem nessa história.
- Muito interessante.
- Te darei uma dose de realidade. Não essa a qual estamos acostumados: Levantarmos cedo, ir à labuta, estudar a noite, voltar cansado e, nos finais de semana, reunirmos com nossos amigos no intuito de eliminarmos esse stress que nos guarda.
- A história é tão terrível assim?
- Digamos ser uma história um pouco dolorosa. Uma história que deveríamos tomar consciência e ajudar.
- Caramba! Por favor, estou curioso.
- A história começa numa pequena vila dominada por um carrasco.