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Blossom floresce

Blossom

Em 1991, na NBC estreava Blossom, série de comédia dos EUA protagonizada por Mayim Bialik, que também atuou em Big Bang Theory, no papel de Blossom Russo. Blossom vive com o pai e seus dois irmãos mais velhos e conta com o drama de não ter a mãe por perto, pois ela foi seguir sua carreira na música, em outros países.

Por conta da ausência da mãe, Blossom se encontra em conflitos por conta de sua transformação de menina para mulher (aí o nome do primeiro episódio, Blossom Floresce), onde sua primeira ‘regra’ chega. Ela tem um pai amoroso em casa, mas ela queria mesmo os conselhos da mãe, para que não passe sozinha por isso. Para tentar compensar a falta, tenta se apoiar em Agnes, uma senhora mais experiente, e em sua amiga de mesma idade Six. Vejamos como foi o primeiro episódio da série:

1 – Comprando ‘tampons’

O episódio começa com Blossom em um mercadinho minúsculo, porém com um carrinho de mão pa pa pa ra pa pa pa gigante de supermercado. Ela vai correndo por aquele corredor a mais de 600km/h por hora e joga a caixa de absorvente de forma natural e segue sua vida.

Ao ver que o operador de caixa é um de seus colegas de escola, ela joga a caixinha pro alto e decide comprar umas coisas aleatórias. Mas, o cara vê aquele produto ali abandonado e pergunta se é dela.

2 – Conversa com Six

Blossom conta para sua amiga o que aconteceu no mercadinho. “Bom, pelo menos eu não fui a milionésima cliente”. Imagine a Blossom com a sirene tocando e ela com a caixa de absorventes na mão. Six, a amiga, tenta explicar a ela os tipos de absorventes que existem. Como ambas têm praticamente a mesma idade, é notável que Six também não tem nenhuma experiência.

Agora vamos para entrevista com Six. Six, qual é a melhor marca para se usar?

“Ah, isso é muito fácil, a que oferecer o melhor brinde”

“Tem uma que não tem aplicadores e dizem que é melhor para o meio ambiente”

“Tem uma marca que tem asas”, “Talvez seja a preferida das aeromoças”

Que bom que isso só vai acontecer pelos próximos 30 ou 40 anos, né Blossom?

3 – Os irmãos não ajudam

4 – E o pai não é uma boa escolha

Os irmão são imaturos, mas, mesmo com toda a compreensão de seu velho, Blossom prefere não contar nada para o pai, que tenta adivinhar o que está acontecendo.

5 – A mãe é a escolha certa

Ao descer novamente à cozinha, sua mãe a espera com um gigante bolo. Sem dizer uma palavra, a mãe já sabe o que está acontecendo e explica a ciência da menstruação de forma prática (e poética, diria). Uma linda maneira de explicar a transformação da menina em mulher.

Uma pena que tudo não passa de um sonho. A mãe, na verdade, está em Paris. Ela até tenta ligar para ela, mas ela não está. Mais uma vez, a ausência da mãe pesa.

6 – Pai e irmãos

O pai Nick tenta conversar com os irmãos sobre o fato de ela estar estranha. Eles especulam e nada. Então, Nick tenta conversar com a filha que, finalmente, abre o jogo.

E aí, eles vão fazer o que toda família normal faria nessas ocasiões: eles vão ao restaurante chinês para comemorar a puberdade da garota.

Fim do episódio

Raven e a história do negro

As visões da Raven (That’s so Raven) foi uma série de TV exibida pela Disney entre 2003 e 2007. Conta a história de Raven Baxter e sua família, de forma bem humorada, em casa ou na escola, com suas paqueras, amizades, eventos e conflitos com a adolescência. Junto de Raven (protagonista) temos seus melhores amigos Eddie (Orlando Brown) e Chelsea (Anneliese van der Por), além de seu irmão e de seus pais.

That's So Raven' Spinoff Ordered By Disney Channel; Full Cast Set ...

Raven é uma menina tão bonita que tem cara de fuinha e é tão feia de assustar. Ela possui poderes de vidência, porém suas visões às vezes são frutos de suas ações na intenção de tentar impedi-las ou de realizá-las (em alguns episódios, isso não acontece). Suas visões nem sempre são tão claras e às vezes confundem a protagonista, como na vez em que ela estava apresentando sua roupa feita por ela mesma (uma de suas vocações) e a Chelsea diz: “Raven, elas amaram sua roupa”, e ela acredita que a plateia havia curtido seu modelo, mas depois descobrimos que, na verdade, eram abelhas que foram pra cima dela, pois eram roupas feitas de flores.

Como praticamente toda série da Disney no estilo Infanto-Juvenil, temos uma personagem que expressa humor através de sua inteligência questionável (Chelsea), como a London da série Zack e Cody, ou do PJ em Boa Sorte, Charlie ou da Harper em Feiticeiros de Waverly Place (apenas um aperitivo das outras séries da Disney). Também temos um irmão que bagunça a vida da protagonista, ambiente escolar e muitos, muitos personagens masculinos cujo o único objetivo de vida aparenta ser agradar mulheres de seu círculo social. Ah, claro, não nos esqueçamos das inúmeras músicas que a série apresenta (algumas realmente boas).

Ao longo da série, a protagonista se depara com alguns conflitos, como algumas garotas que impõe sua rivalidade ou garotos que ela flerta, mas não é correspondida, conflitos entre seus amigos, pondo a prova do que é a verdadeira amizade, professores que falam soltando chuvas de salivas, dificuldade em arrumar empregos, crianças que se apaixonam por elas, desobediência aos pais, falta de grana, castigos, mas tudo com doses de humor resumidas a episódios de 20 minutos cada, que não levam um segmento da trama entre um e outro (uma história ou outra se sustenta, porém esse não é o intuito da série).

Divertida? Sim, além da diversidade de temas nos episódios, a série entrete bem e também trata de alguns assuntos que, mesmo tendo sendo exibido antes da década passada, são bem atuais.

Episódio 10 – “A história do Negro” (3ª temporada)

O episódio começa na casa da Raven (ah vá, certo?). Raven anuncia que ela e Chelsea irão trabalhar na Sassy (Çassi, Saci, Sahsyh), uma loja de roupas em que Raven gasta toda a sua mesada (fixo aqui o primeiro ponto: Raven é uma cliente bastante fiel à loja).

Então, como é de se esperar da série, ela vai contando o episódio de forma cômica, onde ambas preenchem o questionário de emprego da loja, sendo que Chelsea responde que não possui experiência, qualificações especiais e também diz que não faz ideia porque deseja o emprego. Raven já é mais otimista, dizendo que desenha as próprias roupas (e não é mentira).

Então, conhecemos Chloe, a gerente da Sassis (eu não sei como se escreve isso, aaaaaah). Uma mulher simpática, com sorriso no rosto e que demanda testes com serviços rotineiros da loja para analisar a qualificação das duas.

Os testes são: separar e dobrar suéteres, atender clientes reais e não tem outro nem nada, eram só essas duas.

Raven vai bem em todos os dois testes, o que agrada a vendedora, mas Chelsea vai muito mal, muito mal mesmo, mas ela segue positiva. Então, algum tempo depois, Chelsea recebe a ligação da gerente que diz que ela estava contratada. Fiquei me perguntando o motivo disso, se ela havia ido tão mal, mas aí caiu minha ficha quando Chelsea diz à própria Raven que ela não seria contratada. E aí, Raven tem uma visão, onde a gerente diz que não contrata negros (nem latinos, pelo visto). E aí eles começam o plano para expô-la de alguma forma.

Mesmo já tratando para o lado do racismo, a série não perde a linha do humor. Chloe diz que vai voltar ao trabalho apenas para pedir demissão, mas, ao ver um programa de TV, eles pedem para que Chloe seja o pivô para desmascará-la. A apresentadora srta. Johnson então lhe entrega uma câmera disfarçada no chapéu.

Chloe diz que certas pessoas precisam de “mais atenção” e pede para que Chelsea vigie um cliente negro que acaba de chegar à loja (disfarce da Raven), mas que a gerente não reconhece.

Aí, ele diz que foi nomeado o novo gerente geral da Sassy’s internacional (reparem que, a cada vez eu coloco o nome diferente) e fala que é o mês da história negra e a gerente fica desconsertada e por aí vai. Tenta convencer de que na loja não possui nenhum tipo de discriminação (não com essas palavras) e para o azar dela, Eddie aproveita a ocasião e pede um emprego. Então, Chloe se afasta para pegar uma ficha de entrevista de emprego, Chelsea se aproxima perguntando quando ele vai começar e aí ela, finalmente, assume que não contrata negros.

No fim, ela é denunciada no programa da srta. Johnson.

Paralela a história da Raven, no mesmo episódio, Cory (seu irmão caçula) precisa escrever uma história sobre a história do negro. Ele enrola bastante, mas no final consegue se sair bem, contando a história de muitas pessoas importantes.

Quem quiser ver o episódio na integra, até que não está difícil de encontrá-lo na internet. Vai lá que vale a pena.

É fato

Você acendeu em mim uma chama tão ardente que não posso apagá-la. Tento esquecê-la, manter-me distraído e entender que tudo acabou, mas meu coração não aceita.

Tento te procurar, mas sei que não vou mais te encontrar. Aquele sentimento que aqui ficou não quer se apagar. Olho para os lados e não sei onde está. Por que tem que ser assim? Por que partiu de mim e deixou uma marca que não quer se apagar?

O amor foi tão forte que fica difícil compreender que ele se foi. Não faz sentido minha vida sem você. Tento me manter distraído, então me lembro que quem me mantinha distraído era você.

É tão difícil dizer adeus a esse sentimento que não desencana. Ei, sai de mim! Sai de mim, sentimento que me machuca. Eu sei que esse amor eu não posso mais ter, então, porque ele insiste em habitar dentro de meu ser?

Eu sei, é fato que tudo se acabou. Eu olho as notícias na TV, no jornal e nas páginas da internet e vejo que você se foi para sempre. Não, você não se foi. Você estará para sempre em mim, estará para sempre em meu coração.

A canção que você compôs para mim, eu jamais a esquecerei. Pois, onde quer que esteja, sua luz caminhará junto a meus passos, mesmo que você não mais regresse para me dar um pouco de felicidade. Porque sei que essa chama jamais se apagará. É fato!

Ei, por que tem que ser assim?

Homenagem a Cristiano Araújo.