Estrada de ferro e grama
A velha trilha sonora tocada no mesmo instante em que trilho pelas trilhas abandonadas de um trem
Livros, contos, games, músicas, cinema e muito mais
A velha trilha sonora tocada no mesmo instante em que trilho pelas trilhas abandonadas de um trem
O amor pelas ruas se espalhou por aí, mas não tocou ninguém. Está cinza demais pra isso
E foi em seus braços que eu vi meus sonhos se evanescerem
Porque é difícil se libertar de pessoas que estão sempre próximas a nós, mesmo que elas não nos façam bem
Ela acredita que para melhorar de vida, precisa deixar tudo o que tempo aqui e tentar num lugar diferente, um lugar estranho e conseguir um futuro melhor daqueles que ela ama.
Foram tantos momentos juntos que vivemos que às vezes me pergunto por qual motivo ficamos tantos anos sem conversar com o outro. E eu sigo levando você comigo, pois eu nunca me esqueci de você
Quando não se é forte o suficiente nem pra se sair de um quarto
Não se culpe por não estar na mesma vibe de outras pessoas ou por elas quererem que você seja uma pessoa que você não é. Somos feitos de tantas coisas que chega a ser mais complexo do que a gente imagina que é.
Mesmo que já se tenha passado algum tempo, eu não consigo te esquecer. Às vezes, vendo outras pessoas juntas felizes, imagino como seria se fôssemos nós ali, no lugar deles. Eu sei que já faz um tempo e sei que decidimos seguir em frente, mas este sentimento que guardo aqui dentro por você, dificilmente se irá com as ondas do mar
Cada centavo gasto, flores, chocolates, até o perfume, por horas pensado. As viagens que não davam certo e os convites de amigos diversas vezes ignorado, um tempinho livre, só para ter a chance de estar do lado…
Da garota que você ama.
O coração bom, e torno a dizer, não é tolo. Não é culpa dele se o mundo tenta lhe corromper. Nem tão pouco é ingênuo: Conhece muito bem arredores de onde habita. O coração bom tem poder transformador: transforma o mau em algo bom. Se não consegue, pelo menos tenta. Pra ele não é uma perda de tempo.
Na varanda de casa, o luar me lança seu olhar. Já são quatro horas, o vento sopra e eu na mesma posição, sem da cadeira me levantar. Pensamentos gritando e meu silêncio que se perdeu, outra vez, nesta noite insone.
Sabe essa música que está tocando? Ela toca em meu coração. Você a entende? E se eu te dissesse que nem sempre foi assim? Quando antes, em outro relacionamento, era comum eu ouvir coisas tolas sobre ela. Será que era tão difícil de entender o que sinto? Será que era tão difícil de entender que algo sinto?
E não me importa quanto tempo nos resta, importa agora só o que é nosso, esse momento que partilho com você. Pois amanhã, quando o dia acabe e for a hora de partir, meu pensamento ainda será você. E não importa se ficarmos distantes, se estivermos mais longe do que Rio e São Paulo ou se pudermos apenas nos falar por áudio, ainda quero estar com você.
A rotina era a mesma, há dez anos. Mas algo vazio estava naquela casa, apesar de não me perturbar. Há um estranho morando na minha casa, por algum motivo o deixei ficar. Esse é o caminho que escolhi ou o caminho que deixei ficar?
Será que não estamos impondo demais nossos pensamentos sobre outras pessoas? Será que não falta empatia? Será que precisamos ouvir melhor as pessoas? Será que não estamos ouvindo? Será que estendemos demais aquilo que nem deveria ter tanta importância? Já parou pra pensar quantas brigas desnecessárias começamos com uma pessoa que tanto gostamos? E se conseguirmos não perder nossa razão?
Depois de tanto caminhar, finalmente o encontrei. Ele se sentia só naquela rua sem movimento, numa noite fria e chuvosa. Estava usando uma jaqueta de couro branca, com uma camiseta branca, calça branca e o tênis branco. Seus cabelos tão bem alinhados, mas seu olhar se colocava assustado ao me ver. Eliminei toda voz e todo ruído para poder ser escutado. Decidido, me aproximei.
Ele vem em minha direção, naquela noite chuvosa, onde poucos postes iluminam minha visão. Veste uma jaqueta de couro preta, uma camiseta preta, uma calça preta e tênis preto. Seu cabelo está levemente bagunçado, mas seu olhar é fixo ao meu corpo escorado em uma parede. Na rua, não há passageiros ou carros, não há vozes, não há barulhos, não há músicas.
Já conheceu uma pessoa que apenas fala, não dialoga, não discute, refuta suas ideias ou não te ouve, mesmo que você esteja certo? Sabe aquelas pessoas que acreditam veemente que estão certas sem estar? No princípio até pode enganar, mas com o tempo criamos resistência e nossas próprias ideias.
“Sinto muito”, é o que você sempre dizia, não pelos seus erros, como eu acreditava, mas por sua incapacidade de me amar. Agora que tudo se esclareceu entre vocês dois, não importo mais. Seu rosto segue seco, diferente do meu e as palavras, um dia ditas, permanecem apenas em mim.