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Mesma banda, tempos diferentes

1 – Vou deixar (2003) x Algo Parecido (2018) – Skank


Vou deixar (Cosmostron – 2003), tema da novela “Dar cor do pecado” (2004) teve seu clip eleito como o melhor videoclipe pop no MTV Video Music Brasil, também em 2004. A música também é o ringtone com o maior número de downloads no país, uma experiência inédita vivida pela banda.

Algo Parecido (Os Três Primeiros – 2018) estreou no Top 200 Spotify, além de aumentar em 28% a quantidade de ouvintes da banda na plataforma. Prova de que não só de velhas músicas a banda sobrevive.

2 – Walk (2011) x The Sky is a Neighborhood (2017)Foo Fighters


Walk (Wasting Light – 2011) alcançou o primeiro lugar na Billbord, em 20 de julho de 2011.

The Sky is A Neighborhood (Concrete and Gold – 2017) vem para iluminar os céus dos shows noturnos da banda.

3 – Plug in Baby (2001) x Pressure (2018)Muse


Plug in Baby (Origin of Symmetry – 2001)

Pressure (Simulation Theory – 2018)

Crédito: Foto de cottonbro no Pexels

Muse – Mercy (Official Lyric)

10 músicas destacadas da semana

Ainda estou com um pouco de dúvidas de como deve se chamar essa série semanal, mas vamos lá. Confira 10 músicas que separei pra vocês esta semana:

1 – The Corrs: Only When I Sleep

2 – Supercombo: Campo de Força

3 – BTS: Love Yourself – Her Serendipity

4 – Tribalistas: Um só

5 – AP7: Primeiros Erros (Cover Capital Inicial)

6 – Muse: Time is Running Out

7 – Pitty: Lado de lá

8 – Queen: Bohemian Rhapsody

9 – Simon and Garfunkel – The sound of Silence

10 – Linkin Park: One More Light

“Quem se importa se mais uma luz se apagar em um céu de um milhão de estrelas”, não é mesmo? Bem, eu me importo…

Bliss

Admiração em teu jeito de ser. Fascinante, livre, sadia, segura, confiante.

Como não almejar tais qualidades e ser como és? Parece-me tão artificial.

Nada a ti é superficial. Vejo teu rosto cheio de brilho, tão cheio de teu ser, tão vívido, tão fúlgido. Similar ao divino em terras perdidas, livre em uma grande ilha. Toca o céu com seus olhos azuis, mais brilhantes que o gigante azul de paladar salgado.

Tua felicidade não se finda. Tua paz exala por quilômetros de raios. Todos querem ser como a ti. Todos querem essa paz.

Ser tão bondoso que conhece apenas a paz, a alegria, a esperança. Busca nos viventes o mais oculto dom de bondade. Sabes que todos são capazes de uma vida calma e generosa. Sabes que a capacidade pertence a cada corpo, mesmo que lhe pareçam tão intangível. Sabes que todos são belos aos olhos de quem vê.

Brigas? Invejas? Não há dia ruim. Se há fúria no coração de outrem, rebate com uma tranquilo tom vocal, paciente e doce. Teus vocábulos proferidos como um canto em que desejo adormecer nesta paz sonora. E continuar a viver como um sonho. Um sonho que produziste em meu ser. Uma paz. Uma natureza de belos pássaros cantando sobre mim.

Raiva? Próximo a ti é apenas sentimento fantasioso, em livros de vilões existentes apenas em nossa imaginação. Tua alma não consegue odiar nem o mais bruto dos seres. Encontras a paz no espírito de cada. Dialogas, ouves, atribuis a cada problema uma solução. Convertes a maldade em luz, as trevas em compaixão, a solidão em solidariedade.

Admiro. Desejo ser como és. Não por inveja, mas para encontrar meu melhor ser. Ser melhor é o que pretendo ser. E reconfortar pobres almas que também já desistiram de ser luz nesse mundo de escuridão.

Indicado por: Marcelo Loriano

Drones (Texto Completo)

Leia abaixo a história completa de Drones, inspirado no álbum homônimo da banda Muse:

01 – Dead Inside

O personagem conversa consigo mesmo sobre todas as coisas ruins e desiste de viver. Todos aqueles maus momentos se passam por sua cabeça, enquanto permanece num chão frio, coberto de sangue. Toda aquela trajetória, desde ser apenas um lacaio que se vê como um expectador, passando pelo momento em que se torna o braço direito daquele homem até o momento em que se arrepende. Entretanto, uma voz grita ‘reaja’ para que ele possa consertar seus erros como se deve fazer.

02 – Psycho

O personagem começa contando a história que ele menciona em ‘Dead Inside’. Um homem, tido como Deus, venerado e obedecido faz com que todos sejam seus lacaios. O personagem tenta libertar os outros, mas é tentado com promessas de algo melhor. A priori, ele acredita que pode libertar a todos, tornando-se um ‘agente duplo’, mas tantas regalias lhe faz dominado pelo poder.

03 – Mercy

Ao perceber que fora traído por si mesmo, o personagem tenta reparar o erro, libertando a todos. Entretanto, aquele venerado homem, acusa-o de traição, indicando que ele deve ser punido para que nenhum dos segredos vaze. Ele é perseguido e violentado. A dor física e emocional o consome. Ele clama por misericórdia.

04 – Reapers

O líder sabe que todos o obedecem e gosta desse poder. Pode fazer o que quiser, elimina quem for contra, mas continua sendo venerado. O personagem se sente responsável e culpado por agir como aquilo. Lá dentro, uma guerra se inicia.

05 – The Handler

Pensando ter fugido, o líder opressor encontra o personagem e tem um diálogo com ele. O líder se gaba por ter todos na mão, enquanto o personagem, que fora usado apenas como cobaia é tido por matador. O personagem diz que fugirá, mas o líder debocha dele, instigando-o a fugir.

06 – Defector

O personagem entra em conflito interno. Quer fugir, mas não pode, pois deve consertar o erro que cometera. O líder continua a debochar dele. Entretanto, alguns captam a mensagem e capturam o líder, levando-o para outro lugar. O personagem se vê diante da saída.

07 – Revolt

O personagem continua em conflito interno. Fugir e viver, voltar para lutar e morrer. O que fazer? Aquela voz que ordenou sua reação se materializa diante de seus olhos. Ambos conversam sobre o que é certo ou errado. Ele resolve fugir com outros, poucos, deixando que ali continue uma guerra.

08 – Aftermath

Finalmente em casa, o personagem encontra-se nos braços de sua amada. Aquele é seu refúgio. O personagem declama frases de amor, dizendo que sempre deve cuidar dela, pois ela cuida dele também, sabe seus medos, suas fraquezas, mas sempre está junto a ele. É ela quem lhe dá forças para viver.

09 – The Globalist

O personagem encontra o líder em estado de sofrimento. Pensa até em vingança, mas resolve sentar-se e ter uma conversa franca com ele, sobre as consequências e o mal que todo aquele poder lhe causou. Apesar de tudo, o personagem tem esperanças de que, algum dia, ele se tornará uma pessoa melhor. E, quando isso acontecer, ele estará disposto a lhe dar sua amizade.

10 – Drones

Todo aquele mal lhe passa pela cabeça, como um compilado, para que ele leve como aprendizado na próxima vez. O mundo deve ser mudado, mas para isso, eu preciso me mudar. Então, devo começar hoje mesmo?

Drones

Mortos. Mortos por alguém frio que só queria poder, que, com ninguém, se importava.

Mortos. São da minha família, são da sua. São meus amigos, são seus. Mortos por alguém que usou mal sua cabeça. Mortos por tentarem ser alguém.

Mortos. Estou morto por dentro. Estou morto por ver um mundo dominado por psicopatas. Eles não têm misericórdia. Ceifadores. Manipuladores. Sou um desertor que se revolta e implora por um mundo melhor. Mas, as consequências só vem para mim. Consequências desses poder globalista.

Mortos. Mortos por esses drones.

Continuaremos nesse mundo de sangue e destruição? Quando o mudaremos?

The Globalist

Podemos ter tido um momento de paz, um momento de virtude, um momento de esperança, mas isso não quer dizer que os problemas acabaram. Devemos lutar por um mundo melhor.

(…)

É estranho imaginar como o ‘jogo vira’. Antes, aquele opressor, com tamanho poder, estava ali no chão, com suas vestes rasgadas, sujas, sangradas. Parece ironia, mas ele se agonizava. Meu coração batia trêmulo, sentindo um pouco de piedade por alguém que tanto fez mal.

O que fazer? Perdoar? Pisar? Proferir-lhe toda a verdade para fazê-lo sentir-se culpado?

Sentei-me a seu lado. Ele não parecia almejar uma conversa. Senti pena daquele indivíduo. O que o fez chegar a tal ponto? Não lhe perguntei. Saberia que a resposta não viria.

“E aí, cara, tudo bem com você?”

Não houve respostas. Apenas um olhar vazio e distante.

“É estranho ver uma pessoa que tanto fez mal, para mim também, numa situação degradante como essa.

Não imagino o que tenha acontecido a você. Pode ter sido traído pelas pessoas de seu convívio, pode ter tido o coração dilacerado por alguém, pode ter confiado nas pessoas erradas.

Cruzou pelas estradas erradas, com os errados, com quem poderia ter te feito mal. E começou a achar aquilo normal. Agiu com outros da mesma forma. Não sentia remorso, não sentia culpa, não pesava na consciência. E hoje te vejo nesta situação.

Perdeu todo o império que um dia lograra. Se alguém não ‘dançasse conforme a música’ para você, bastava substituí-lo sem o menor pesar. E foi assim que seguiu pela vida.

Nutriu um ódio por essa terra, nutrindo ódio em vidas alheias. Ciclo viciado que desprezava qualquer sentimento de bondade. Semeou o negativo por terras de impureza infértil, de bondade antes em potencial, de bondade hoje em estágio final.

Foi dos inocentes um deus, venerado, alimentado, almejado. Crentes por algo melhor se tornaram. Esqueceram-se de suas vidas, antes maravilhosas, maximizados aqueles problemas outrora insignificantes. A vida tornara-se melhor. Tornara-se?

Mas aquele mesmo ódio semeado, plantado e nutrido, foi colhido e repartido entre os seguidores de tal fé. O ódio, antes enrustido, se digeria e escapava entre o único poro restante de uma mente que almejava poder. E o poder, derrotado pelo poder, se esvaneceu.

Agora não sobra mais nada. Apenas um chão frio e seco, coberto de sangue derramado pela ira. A lágrima que escorre é apenas consequência. Todos se foram. Não há sobreviventes por perto, não há mais alguém para amar ou odiar. Só lhe restava a solidão.

É da natureza humana: Destruir por acreditar em um ciclo interminável. Nada é eterno. Esse ciclo se rompeu e hoje o que resta é o pó. O pó que o vento leva para nunca mais. De tudo, lembranças ruins e uma consciência que jamais se cala.

Levante-se, erga-se. Há ainda uma vida a seguir. Nova? Depende de você. Faça o bem, semeie o bem, por mais incomodante que seja. Todos podemos recomeçar. Ainda há algo belo aí dentro, basta procurá-lo. E, se algum dia, essa carapaça arranhada se quebrar completamente e revelar um homem de forte luz espiritual, pode ter certeza que um belo caminho de flores e nuvens claras surgirão, amigos verdadeiros aparecerão e um pensamento de harmonia te contagiará.

E quando este dia chegar, quando um verdadeiro humano se libertar, chame a mim para uma amizade brindarmos. E, quem sabe, um copo de cerveja tomarmos.”

Aftermath

Em teus braços encontrei o amor e o refúgio que outrora sonhara para mim.

(…)

Sujo, cansado, faminto, revestido por sangue. Finalmente em casa. Ao abrir a porta, volto a sorrir. Encontro a felicidade no sorriso de uma pessoa. Aquela que sempre me deu carinho, me deu forças e me deu abrigo, recebendo-me com gentil sorriso.

Preocupação. Tira todas aquelas vestes rasgadas e lava minha alma num banho. Veste-me com limpas roupas e me afaga em seu colo. Abraça-me forte. Chora tímida e discretamente, permanecendo forte para elevar meu espírito.

Posso não ser o heroi que mata leões ferozes, posso não ser forte para derrotar dragões de sete cabeças, posso não ser corajoso a escalar grandes montanhas, mas nada lhe importa, que escolheu dedicar-se todos os seus dias de sua vida à minha.

Choro. Sempre pedi alguém que me compreendesse, que aceitasse viver com todos os meus medos, meu temores, minha insegurança. Não sou perfeito, mas nunca precisei para ter uma pessoa tão maravilhosa ao meu lado.

Prometi a mim mesmo que sempre cuidaria dela como também sou. Não por obrigação, mas por zelo.

Só jamais estarás. De ti cuidarei. A teu lado estarei. Grandes obstáculo enfrentaremos, pois se não formos capaz de derrotá-los, nossos corações permanecerão como um. Cuidaremos bem deles.

Quero viver o resto de minha vida inteiro, pois és parte de mim, és meu alento, és aquela quem me completa, aquela a quem meu coração pertence. Agora e sempre.

Quero adormecer em teus braços, pois é onde encontro refúgio, onde me sinto seguro, onde devo estar. E estarei aqui para oferecer o meu para te proteger, para te aninhar, ou por razão alguma.

Eu posso ter perdido todas as minhas lutas. Posso ter sofrido boa parte de minha vida. Posso estar cansado de todas as mentiras. Posso estar uma bagunça. Posso querer desistir do mundo. Quando te vejo, quando vejo teu sorriso, deito-me em teus braços e me aconchego, sinto todo o vazio de meu peito se esvair. Sinto-me protegido. Sinto-me bem. Pois, és meu refúgio, és minha vida, és meu eterno ser. És quem há muito almejei ter.

Nunca estarás só, pois a ti pertenço.

https://www.youtube.com/watch?v=zFjhC0T7jXE

Revolt

  • Reaja! Você é capaz de erguer a cabeça e seguir. Seja guerreiro. Você pode se rebelar.

(…)

“Reaja!”. Essa frase me motivou a sair daquele chão frio, mesmo não sabendo de quem era. A liberdade estava próxima. Poucos passos e logo estaria longe dali.

Mas não posso sair. Há uma guerra ali dentro. Devo ficar e ajudar, devo me redimir de todo mal que fiz, transformando todos esses lacaios do poder em homens de bem. Fazer o mal é muito fácil, fazer o bem e se preservar deste lado, não. Entretanto, voltei à luz e eles também podem. Devo voltar.

Posso morrer. O que fazer? Essa dúvida machuca meus pensamentos, fere meus sentimentos. E se eu sair dali e ele me alcançar novamente? Ele, o mal. Sinto o gosto da liberdade que, todavia, se mostra a cada minuto mais distante. Sei que esse é um mal que nunca parará. O que fazer? Sou parte desse sistema, devo ser parte de sua destruição também!

Quando toda a guerra acabar, tudo voltará a ser o que era antes. Um poder, vários em seu poder. Não posso fugir desse controle. Não posso ter essa liberdade. Não apenas eu.

Sinto-me fraco para continuar, sinto-me em dúvida. Fui cruel. Não devo tomar minha liberdade. Perdi minha alma, perdi meu caráter.

“Não pense assim!” – dizia a mesma voz de antes, agora em matéria.

“Você não está só, você não perdeu sua alma. Seu arrependimento é válido. Aqueles homens foram consumidos pelo poder. Se você foi capaz de se libertar disso, eles também podem!

Vê, atrás de você? Quantos ali não perceberam o mesmo. Estão ensanguentados, com frio. Preferiram a liberdade. Compreendeu que todos merecemos respeito por igual, não vivermos em uma hierarquia de poder. Eles são jovens sedentos por liberdade e esperançosos por um futuro melhor.

Assim como eles, você ainda tem muito a provar. Já provou o gosto de sangue e fome desta terra, agora deve sentir o frescor da brisa e da água pura.”

Ele me mostra suas cicatrizes.

“Eu já fui um de vocês e os estive observando. Ajudei quem fosse preciso, como ajudei você. Fiz o que você almejou, recusando minha liberdade. Alguns são ingratos e acreditam que somos todos egoístas, que somos todos iguais, que somos todos maus, que não queremos ajudar ninguém. Nem todos somos assim. Somos ainda o que chamam de ‘a esperança da humanidade’ e assim que continuaremos a agir.

Por isso, vá! Vão. A liberdade os espera. Vocês têm muito a crescer, muito a ver. Acompanhem seus filhos, cuidem de suas famílias, preservem seus amigos, pratiquem o bem e a solidariedade. A vida é bela para continuar desperdiçando. Não sejam mais escravos de nada ou ninguém. O mundo ainda acredita em pessoas boas como vocês. Sejam a alegria, a felicidade, a verdade, a vida.

Espalhem coisas boas para o mundo.  Não sejam escravos da maldade só porque muitos são assim. Não façam o mesmo que os tolos só porque é divertido. Tenham caráter, tenham moral. Tenham uma vida digna e plena, sem se preocuparem em recompensas. Sejam os verdadeiros humanos.

Vocês podem fazer este mundo ser o que quiserem.”

https://www.youtube.com/watch?v=ZuL3GsnhbdE

Defector

  • Livre! Sim, estou livre.

(…)

_ Fuja! Fuja, desertor.

Aquelas palavras. Aquele sorriso de deboche. O que fazer? Estou fraco.

Pense! Você precisa escapar daquilo. Sua liberdade está em jogo. Precisa fugir de seu opressor. É você quem comanda sua vida, não ele. Ele não pode mais te controlar. Não pode comandar sua vida.

E os outros? Deixo-os aí? Eles não estão nem aí para você. Querem te matar, querem se matar. Você está sozinho agora. O mundo é apenas dele. Apenas de seu opressor.

Não! O mundo não é dele. Seu mundo está desmoronando. Eles se matam. Eles não têm mais o controle. Ele não tem mais o controle. Tudo está fora de si. Todos querem se matar. Todos querem poder. Todos são egoístas.

Eles se aproximam. O sorriso de deboche desaparece. Capturam-no. Capturam-me, mas me deixam cair. Levam-no. O poder secundário não lhes basta. Eles querem mais. Eles querem todo o poder. Não querem ser apenas um drone, mas o manipulador, o opressor.

Um dia da caça, outro do caçador. Quem diria? O opressor foi capturado.

Poder. O poder lhe subiu à cabeça. O poder lhes subiu à cabeça. Dê poder a um homem e verá as consequências. Eles não podem ser mais controlados. Eles têm desejos. De poder, de sangue, de vitória. Eles nem sabem mais o que fazem.

Ninguém mais. Ninguém mais estava ali, do meu lado. Todos se foram. O que farão com o opressor? Não sei.

Só sei que ali está uma luz. Uma luz à minha frente. Não vejo mais nada, além de minha liberdade.

Sim! Estou livre. Estou fraco, mas estou livre.

The Handler

  • Então, era aqui que você se escondia?

(…)

Destruição em massa. Sangue. Fogo. Gritos. Guerra.

Levanto-me daquele chão frio. Machucado. Vestes rasgadas. Caminho. Devagar. Manco.

Gritos. Choros. Tragédia.

Caminho. Manco. Paro. Uma luz. Uma sombra. Passos.

Caminho. Manco.

Os passos se aproximam. Alguém me observa. O medo me controla. Caio no chão. Choro.

Meu opressor. Meu manipulador. Fui encontrado. Estou derrotado?

Um sorriso. Deboche. “Finalmente, nos encontramos”. Era ele. Meu opressor. Aquele que me deu poder e me tirou a alma. Estou ferido, estou sujo. Levanto-me. Olho em seus olhos.

_ Não serei mais controlado por você ou ninguém.

Outro sorriso. Um tapa no ombro. Caio. Outro sorriso.

_ Não sejas tolo, não podes me derrotar. Tenho o mundo para mim, tenho todos para mim. Tenho poder!

_ Deixe-me em paz! – Grito – Não sou seu fantoche mais.

Outro sorriso. Deboche. Gargalhada.

_ Controlo quem eu quiser.

_ Pode me controlar, mas não mudará mais quem eu sou, não será capaz de controlar meus sentimentos.

_ Não vou precisar deles!

Sussurro. Deboche.

_ Não sou sua máquina. Não sou mais algo a ser controlado. Não sou um drone. Deixe-me paz!

_ O que farás?

_ Fugirei.

Deboche.

_ Então fuja!

Reapers

  • Um grande líder sabe muito bem como matar, oprimir, comandar e continuar sendo venerado.

(…)

Sangue por todos os lados. Destruição, fogo, maldição. Pessoas se matando, alegando que são traidores de seu senhor.

O líder, pouco se importa. “Deixem-nos se matarem”. Não há paz. Todos querem seu lugar ao sol. São controlados por falsas linhas. Não há um controle real. Querem ser adorados como o líder, querem ser mais importantes que os outros.

Controle mental. O líder não precisa dizer mais nada para ter o que quer. E eu fui culpado de tudo isso, quando consegui o poder. Todos acreditavam que eram capazes de tomar meu lugar. Ser o braço direito daquele que mata usando suas marionetes.

A recompensa é simples: Poder, dinheiro, domínio, solidão, falsa felicidade. O líder não precisa ordenar nada mais. Já conseguira o que queria: domar todos eles. E começava uma guerra inútil pelo trono do braço direito.

Consequências? Fogo, sangue, gritos. Dor. Paz, nunca mais se ouviu. Liberdade, quem precisa dela? Ser seu próprio dono, para quê? Poder, o único valor importante.

Posso ter fugido de todos eles. Como? Não sei! Não era uma liberdade plena. Ver todos eles se matando, matava-me por dentro. Eu era o culpado, eu sou o culpado. Como fugir e carregar toda aquela culpa?

Parem! Parem de se matar por alguém que pouco se importam para vocês. Reajam!

Tornaram-se os próprios ceifadores, os próprios juízes, os próprios deuses. São vocês quem comandam toda essa bagunça, toda essa guerra inacabada.

Parem! Não podemos causar mais dores.

Mercy

  • Herois, ataquem-no! Ele é um traidor. Não pode fugir! Sabe de todos os nosso segredos.

(…)

Dor. Sofrimento. Sou inimigo de todos. Ou será que são todos meus inimigos?

Poder. O poder me subiu à cabeça. Tentei libertar a todos e o que fiz foi exatamente o contrário. Matei aqueles que não me obedeciam. Causei sofrimento. Trouxe a todos aquele sentimento de revolta. Agora, sou o culpado. Sou o responsável. Fui controlado para controlar todos. Fui vítima do sistema e me tornei o opressor.

Minha alma. Será que ainda está viva ou será que já a vendi? Liberdade, opressão. Duas ações opostas. Meu pensamento era outro antes do poder. Por que foi transformado? O que eu fiz de verdade? Sinto-me tão culpado.

Eles precisam saber. Será que me escutam? Fui só uma vítima. Uma vítima que fez vítimas.

Poder. Controle ou seja controlado. Eu não soube usá-lo. “Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”. Eu sabia disso, eu estava sofrendo, eu via aquela sofrimento. Eu só quis acabar com tudo aquilo. E o que fiz? Causei mais sofrimento.

Agora sou culpado por tudo. Sou o cabeça de todos os males. Ninguém percebe isso. Todos estão revoltados. Não deveria ir contra quem eles tanto veneravam. Eles matam, batem, oprimem aquele que for contra. E eu fui.

E o que mais me dói não é a dor física. Não é estar coberto de sangue neste chão frio. O que mais me faz sangrar é a dor emocional. É saber que fui culpado. Saber que me deixei controlar. Saber que sou tão mau e perverso. Saber que me deixei levar por essa situação.

E isso me machuca. Estou chorando. Estou ferido. Estou abatido. Causei tudo isso. Causei toda essa tormenta. Não há mais ninguém do meu lado. Estão todos contra mim. Estou só. Estou sujo. “Alguém pode me ouvir?”

Por favor, tenham misericórdia de mim. Sou só mais uma vítima desse sistema perfeito.

Psycho

  • Aquele ali, observando a todos. Consegue vê-lo? Ele pensa! Pode ser um perigo a todos. Também pode ser uma máquina interessante de se matar. Podemos transformá-lo num drone humano. Basta sabermos manejá-lo bem. Não vamos perder tempo! Traga-o para cá.

(…)

Correntes, filas, imagens, veneração. Por que todos estão fazendo isso? Não percebem o quão degradante estão mediante essa situação? Eu não sei o que fazer, não sei como agir, mas podemos reagir! Podemos lutar contra esse sistema. Não podemos permitir que algo nos controle.

Alguém me escuta? Parecem hipnotizados. Ah, se fôssemos unidos, se tivéssemos um plano, uma fuga, uma revolta. Eles não me escutam. O que está anormal com todos eles? Por que não podem me escutar?

Homens de vermelho se aproximam de mim. Parecem monstros, altos e fortes. Sorriso de deboche. Vêm até mim. Querem me matar? Querem me despedaçar?

Dizem que tenho um potencial desperdiçado. Eles podem me dar mais. Eles podem me dar poder. Eles podem me colocar no comando. Posso comandar todos aqueles que estão em situação degradante. Posso fingir e libertá-los, quem sabe?

Sou levado. Conversam comigo. “Você não precisa ser quem você é”, eles dizem. Estou amarrado. O superior me informa que posso ganhar muito com isso. Um de seus “lacaios” me traz farta refeição e uma arma. Descarregada. Traz-me roupas limpas, água pura e ouro. Aquilo parece bom.

Com o tempo, aquele poder me corrompe. Minha ganância se eleva cada dia mais. Mato quem não me obedece, mato quem eu quero. Aquele poder é meu, mas aquele não sou eu. Sou uma vítima do sistema ou um sistema que vitimiza? Não importa, tenho poder.

Tenho poder. Sou um psicopata. Estou morto por dentro?

Dead Inside

  • Reaja! – Gritava uma voz ao fundo, porém distante.

(…)

Morto. Estou morto? Não vejo ninguém, não ouço ninguém. Tudo está tão escuro. Sinto o chão gelado nas minhas costas. Minhas vestes rasgadas, sou capaz de jurar que não há pudores.

Do que me lembro? De pouca coisa.

Ali está uma figura estranha. Gigante. Iluminada. Há imagens de reverência. Que ser bondoso! Quem será? Será alguém de bem? Todos parecem adorá-lo. Vejo seus rostos felizes, esperançados e amparados. Estão todos bem.

Seria algum Deus? Talvez não. Não se parece um. Não se parece com Aquele que algum dia ouvimos falar. Esse parece ter um olhar mais sombrio, mais melancólico. Sou capaz de jurar que pareceu ser solitário em alguns momentos.

Ouço correntes, mas não as vejo. Onde estão? Todos parecem andar compassados numa fila indiana. Cada passada, um ruído de corrente. Olhem seus pés, uns amarrados aos outros. Eles trabalham duro, trabalham pesado. Começo a entender.

De manhã, trabalham. Sempre vigiados. Param para comer uma papa verde e retornam. A noite, adoram-no felizes. Os maiores veneradores podem tocá-lo, o que é algo gratificante para todos eles. Os mais rebeldes, confinados.

E eu ali, assistindo a tudo. Um mero expectador? Não! Eu também estou lá. Vigiado, dominado, obrigado a venerá-lo. E eu estou adorando tudo aquilo. Como é belo! Posso sentir sua luz daqui.

Em pouco tempo, me torno seu braço direito. Tantos benefícios concedidos a mim. Sou quase tão importante quanto o dominante. Todos reverenciam a mim. Não preciso ser bom, não preciso ser verdadeiro, não preciso ser eu mesmo.

Vejo todos eles se ajoelharem diante de mim, darem suas vidas por mim. E continuo vendo os sorrisos estampados ali, naquelas faces sofridas. E lhes dou apenas migalhas.

Esse lado das trevas é mais próspero. Só me basta ser quem eu não sou.

Ali estou eu. Gigante. Iluminado. Com imagens de reverência a mim. Que ser bondoso! Quem serei? Serei alguém de bem? Todos parecem adorar-me. Vejo seus rostos felizes, esperançados e amparados. Estão todos bem.

Todos bem. Mas, não eu. Sinto-me tão só. Sinto-me triste. Sou venerado, mas não me sinto completo. Algo me faz tremer por dentro. O que acontece? Não encontro respostas. Todos me adoram. Por que não me sinto bem? Preciso de respostas. Não as encontro. Preciso fugir dali.

Deserdei-me. Revoltei-me. Tentei escapar e me pegaram. Agora estou só, deitado no chão frio com minhas vestes rasgadas e sujas. Não vejo ninguém. Não ouço ninguém.

Será que estou morto?

Muse – Mercy (Official Lyric)

https://www.youtube.com/watch?v=f5bjJzJ-T4c

Playlist 2009 do Quarto

Bora recapitular algumas músicas que postamos aqui durante o ano? Daria uma boa playlist!

Mas, antes, uma regrinha: As músicas das playlists dos Nimus de 01 a 08 não entrarão aqui. E na semana que vem, postaremos as músicas que eu reuni para compor o CD Nimus 09. Enquanto isso, veremos a playlist do nosso blog de 2009 (preciso criar um nome).

Me adoraPitty

Dulce y ViolentoKudai

Poker FaceLady Gaga

No – Shakira

Él me mintióAnahí

Uprising Muse

Abre los ojosKudai

The FamilyRBD

Image by freepik

Muse – Uprising

A banda Muse apresentou no último MTV VMA [apresentado neste domingo, 13] uma de suas músicas do novo album The Resistance . O trio, formado por  Matthew Bellamy, Christopher Wolstenholme e Dominic Howard, é britânco e está na estrada há mais de 10 anos. Pra quem curte um rock mais alternativo, essa é uma boa pedida.

Como não temos o vídeo, vejamos o clipe:

The paranoia is in bloom, the PR
The transmissions will resume
They’ll try to push drugs
Keep us all dumbed down and hope that
We will never see the truth around

Another promise, another scene, another
A package not to keep us trapped in greed
With all the green belts wrapped around our minds
And endless red tape to keep the truth confined

They will not force us
They will stop degrading us
They will not control us
We will be victorious

Interchanging mind control
Come let the revolution take it’s toll if you could
Flick the switch and open your third eye, you’d see that
We should never be afraid to die

Rise up and take the power back, it’s time that
The fat cats had a heart attack, you know that
Their time is coming to an end
We have to unify and watch our flag ascendThey will not force us
They will stop degrading us
They will not control us
We will be victorious