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Invisível aos olhos – O Pequeno Príncipe

Sobre o livro

A última obra (e a mais famosa) de Antoine de Saint-Exupéry, foi escrita em 1939 e conta a história de um piloto que precisou fazer um pouso forçado no deserto do Saara, em um local totalmente inóspito. Ele precisa ser rápido, pois só possui água para passar oito dias naquele local.

Enquanto tenta salvar a si mesmo, um baixotinho loirinho se aproxima já chegando na maior intimidade lhe pedindo uma ovelha. O motivo: seu pequeno planeta está sendo invadido por criaturas arborísticas terríveis chamadas “Baobás” e precisa de alguma coisa que possa destruí-las enquanto são pequenas e fofas.

Mas, para ele não é suficiente. Ele conta a história de seu planeta, enquanto o narrador-personagem tenta se concentrar na mecânica de seu piloto para voltar onde existe aviação. Porém, como não consegue, acaba se rendendo às histórias do pequenino e conhece personagens como a rosa que é dramática e precisa de atenção o tempo todo, apelando para o sentimentalismo humano, alegando ser alérgica ao ar e que muitas criaturas irão aparecer para devorá-la se o pequeno príncipe a deixar.

Além dela, também conhecemos o vaidoso, que precisa ouvir a cada 10 minutos de que é muito lindo, o rei, que precisa muito ordenar alguém, senão fica frustrado, o contador de estrelas e o acendedor de lampiões, que não param por um minuto, pois sempre precisam trabalhar, a raposa, que é o personagem mais famoso do livro, aquela que precisa ser cativada e coisa e tal, o carregador de trens, que não tem ideia pra onde sua carga vai, o milagreiro, que vende uma pílula, jurando que aquilo substitui água e por aí vai.

Ao final do livro, claro, o piloto precisa deixar o príncipe e voar de volta à civilização, mas não vou contar como termina, pois aí seria muito spoiler. Caso queiram ver minha análise capítulo a capítulo, acessem minha página no Skoob

Sobre o autor

O escritor do livro, Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944), também foi ilustrador e piloto francês, o que o influenciou nas escritas. Outros livros que escreveu: O aviador (1926), Correio do Sul (1929) e Terra dos Homens (1939). É curioso notar que na ficção, o narrador-personagem cai num deserto inóspito, onde conhece o príncipe, enquanto o escritor desapareceu numa missão de reconhecimento em 1944 e nunca mais foi encontrado. Talvez, tal qual o príncipe, o escritor foi morar nas estrelas

Referências

Leia sobre o autor aqui: https://www.ebiografia.com/antoine_de_saint_exupery/
https://www.oexplorador.com.br/saint-exupery/

Para descontrair

@affthehype

📚 Clássicos da literatura resumidos para caber no tiktok: o pequeno príncipe

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O Fio do destino – 3ª parte

Continuação da resenha do livro “Fio do Destino” de Zíbia Gasparetto

Nota: A resenha abaixo possui spoilers. Caso você não deseje ler algum, passe para o próximo post

Capt 5: Meu Deus, que capítulo longo!
Jacques já começa a história casado, porém, ele não havia aberto mão de seus estudos em Paris. Mesmo distante, escrevia cartas para sua amada.

Peraí, amada? De jeito nenhum! Ele e Elisa, agora mulher, viviam uma história complicada. Tratavam-se com muito carinho, porém, com a distância, não sentia sua falta. Ela, por outro lado, por mais que em sociedade fizesse a linha “esposa perfeita”, tinha dupla personalidade: ora o amava com certa ardência, ora, fria e apática.

O capítulo dá ênfase apenas nos dois e na irmã Lenice. Lenice agora está mais madura e, finalmente, reconhece o sentimento de amor ao marido, que no início foi difícil, viu? Visto que ele, mesmo que não tenha dito com essas palavras, a forçava a amá-lo (pelo menos a agir como esposa na frente da galera e, ainda, exigindo-lhe que ele fizesse o papel de marido – vocês me entenderam, vocês não são bobos!). A evolução da personagem Lenice assusta. Parece que demitiram a atriz antiga e colocaram uma nova (eu ainda estou falando do livro). Agora mais ligada ao espiritismo, fala de assuntos como “a vida colhe o que você planta” ou que não existe essa bobagem de que Deus fez algumas pessoas servas e outras patrões, afirmação que a cunhada Lenice enfatiza e depois fica com raiva de ouvir isso da boca da Elisa. Então, por conta disso, elas se engalfinham, puxam o cabelo uma da outra e rolam pela lama decidindo quem é a mais gostosa entre a família rica. Na verdade, houve realmente um desentendimento, mas a briga só aconteceu assim no subconsciente de Jean, que já estava todo empolgado pra vê-las se esbofeteando).

Certo, agora vem a fofoca. Sabe o porquê de Elisa ter embebedado Jacques pra se casar tão pronto com ele? Não? Pois, eu te conto. No capítulo anterior, ela não tirava os olhos de Jean. E não é porque o cara era todo bonitão (como Jacques já havia afirmado 500 vezes), mas porque os dois tiveram um caso antes de ele se envolver com a atual esposa. Aí parece que o negócio esquentou e os dois… bom… sabe como é, né? Pra preservar o seu selo de autenticidade, encantoou o pobre ricaço e mimadinho preferido da galera pra ver se ela não ficava mal falada na sociedade. E sabe o porquê de Jacques ter desconfiado disso? Ele viu a semelhança de seu filho (sim, agora ele era papai) com o seu cunhado! Aí, ele foi atrás, ficou igual Maria Fofoqueira ouvindo atrás das portas e descobriu que os dois já tiveram um caso. Jura eles que o caso foi só antes, que nunca rolou tico tico no fubá depois que ambos se casaram. Bem, agora fica a cargo do leitor saber se realmente rolou ou não. Tem um ou outro detalhe no capítulo, mas não vou me lembrar de tudo também, é muita coisa pra resumir.

Ao fim, Jean e Jacques finalmente ficaram mais amiguinhos, Jean prometeu contar sobre seus sentimentos à sua esposa (que já sabia de tudo porque o irmão é um fofoqueiro) e Jacques jogou todas as verdades na cara da mulher e largou dela. Foi morar fino e pleno em Paris. Mas, pelo menos, ele assumiu o filho (Julien, o nome) porque o bichinho não tem culpa de nada.


Links:

Leia a primeira parte aqui

A segunda parte aqui

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O verdadeiro valor

Pra mim, o trecho mais bonito do filme “Marley e eu” que conta a história da amizade entre um cão e o homem. Além desse filme (e livro) recomendo “Sempre ao seu lado”, um filme mais triste, mas que passa uma mensagem mais forte.

“Um cachorro não precisa de carrões, de casas grandes ou roupas de marca. Um graveto está ótimo pra ele. Um cachorro não se importa se você é rico ou pobre, inteligente ou idiota, esperto ou burro. Dê seu coração pra ele e ele lhe dará o dele. De quantas pessoas você pode falar isso?! Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial?! Quantas pessoas fazem você se sentir extraordinário?!” – John – Marley e Eu

Leve sua toalha

Era aquele terrível ruído que não parava de gritar. Aos poucos, vou sentindo meu corpo, resistente a acordar, enquanto minha pele se arrepia pelo vento frio que entra pela pequena fresta da janela. Esfrego meus pés cobertos para que eles não se entreguem àquela temperatura gelada. Abro os olhos, mas ainda vejo muita escuridão no ar. Quem é que está me gritando a essa hora da madrugada?

Meus olhos mal conseguem se manter abertos. Sob o edredom, acendo a luz do relógio. “Cinco”. Fecho os olhos. Abro. Acendo novamente a luz. “Três”. Volto a fechar. Me aconchego no travesseiro. Abro os olhos novamente, com dificuldade. “Nove”. “Cinco, três, nove”. As três palavras ecoam na minha cabeça por um tempo. “Cinco, três, nove, cinco, três, nove. Cinco e trinta e nove”. Dou um salto da cama.

– NOVE E TRINTA E CINCO.

Bum! Do andar de baixo da minha casa, ouve-se um estrondo. “Será que o teto vai rachar?”, pensam os ratos. No andar de cima, um corpo caído no chão. Imóvel. Estaria morto? Não! Apenas um adulto num corpo velho que não conseguia se mexer por conta da coluna.

– Nove e trinta e cinco – é a única coisa que penso, enquanto gemo de dor.

Era segunda-feira. Fazia frio enquanto, aos poucos, meu corpo gelado se levantava do chão gelado procurando um agasalho. Me visto conforme manda a festa de um inverno matutino, logo após derrubar meu despertador que não paro de gritar.

Nove e quarenta e dois. Trabalho. Ligar. Chefe. Arrumar desculpa. Não posso trabalhar hoje.

– Não era seu dia de folga hoje? – Ele pergunta.

Desligo, constrangido. Termino de me vestir. Do lado da cadeira, cuja a única função era servir de arara para minhas roupas já usadas, uma toalha. Olho confuso para o calendário e abro um sorriso.

“É hoje”.

No celular, três chamadas perdidas. Era Forge, meu melhor amigo. Olho as mensagens e lá estava: “Estarei te esperando às 10 no mesmo bar de sempre. Preciso te contar algo importante”.

Desço correndo os 42 degraus da minha casa. O barulho dos meus passos assustam os ratos da sala. Antes de sair, na tela do meu computador, uma animação em que o planeta terra se explodia, dando lugar a uma via inter-espacial.

“Estranho, não me lembro de ter deixado o computador aberto”.

Saio de casa. Do lado de fora, tratores amarelos e um cara deitado na grama de frente para eles. Não dou a mínima, pois meu único pensamento que tenho é “quem bebe a essa hora da manhã?”.

Entro no bar. Tudo aparentemente normal. Forge possuía um rosto assustado, estava bem-vestido, guardava uma mala do lado de sua cadeira e terminava seu terceiro copo de cerveja. Após nos cumprimentarmos e ele me servir o segundo copo (tomei rápido o primeiro pra ver se me despertava), olhei para ele e lhe perguntei:

– O que é tão importante?

– Precisamos sair desse lugar. Ele está prestes a ser demolido.

Algumas pessoas do bar o olham assustados.

– Tudo bem, podemos ficar lá em casa.

– Não, você não está entendendo. Tudo aqui será destruído. Este bar, seu quarto, sua casa, esta rua, todo o planeta terra.

O bar fica um pouco mais alarmado. Ainda imaginando que fosse o efeito do sono misturado ao da cerveja, dei de ombros e voltei para meu copo. Ele, incrédulo com minha indiferença, me agarra pelos braços, olha nos meus olhos e aumenta seu tom de voz.

– Você não acredita não é? Escuta, eu sei o que eu estou falando. Eu nunca te disse isso, mas eu não sou da Terra. Eu vim de um pequeno planeta chamado Betelgeuse para espionar o modo de vida dos terráqueos e poder salvar vocês de uma terrível destruição do planeta Terra pelos Vogons para construírem uma via expressa intergalática. Não há tempo para nada. Apenas pegue sua toalha e vamos esperar do lado de fora por nossa carona espacial.

Todos do bar saem correndo, exceto eu e ele (o dono do bar já estava dobrando a esquina). Demorei a assimilar sua mensagem. Pensei em agir de muitas formas diferentes, enquanto continuávamos nos olhando sem que um dos dois pudesse reagir. Então, após ele dar uma boa gargalhada e eu notar que ele também estava usando sua toalha em volta de seu pescoço, me dou conta do ocorrido. Dou-lhe um empurrão e sorrio.

– Você quase me pegou, Forge.

– Feliz dia da toalha, Arthur.

Como Enfrentar Thor

A festa inclinou-se e balançou, fazendo com que todos cambaleassem, exceto Thor e exceto Arthur, que olhava, tremendo, dentro dos olhos negros do Deus do Trovão.

Lentamente, inacreditavelmente, Arthur levantou o que pareciam ser seus pequenos punhos magrelos.

― Vai encarar? ― disse ele.
― O que disse, seu inseto nanico? ― trovejou Thor.
― Eu perguntei ― repetiu Arthur, incapaz de manter a firmeza na voz ― se você vai encarar? ― Moveu ridiculamente seus punhos.

Thor olhou para ele com total incredulidade. Então uma pequena nesga de fumaça subiu, saindo de sua narina. Havia uma chama bem pequena lá dentro também. Colocou as mãos no cinturão. Encheu o peito, só para deixar bem claro que aquele era um homem cujo caminho você só ousaria cruzar se estivesse acompanhado por uma boa equipe de Sherpas.

Desprendeu o cabo de seu martelo do cinturão. Segurou-o em suas mãos, deixando à mostra a maciça marreta de ferro. Dessa forma eliminou qualquer dúvida eventual de que estivesse apenas carregando um poste por aí.

― Se eu vou ― disse ele, sibilando como um rio correndo pelo alto-forno de uma refinaria ― encarar?
― Sim ― disse Arthur, com a voz súbita e extraordinariamente forte e belicosa.

Sacudiu os punhos novamente, dessa vez com firmeza.

― Vamos resolver isso lá fora? ― rosnou para Thor.
― Tudo bem! ― tonitruou Thor, como um touro enfurecia (ou, na verdade, como um Deus do Trovão enfurecido, o que bem mais impressionante), e saiu.
― Ótimo ― disse Arthur ―, ficamos livres dele. Slarty, nos tire daqui.

Créditos

Trecho retirado do livro “A vida, o universo e tudo mais”, terceiro da série “O mochileiro das galáxias”, de Douglas Adams

Quem era ela

A casa nº 1 de Folgate Street é muito peculiar: com sua arquitetura minimalista, com poucos móveis e cômodos que ligam uns aos outros sem portas. Para morar nesse lugar, você não precisa de muita grana, mas é preciso responder a um questionário longo que deve estar de acordo com inúmeras cláusulas, que vão desde a organização do local até estudos do cotidiano do inquilino. A casa tem uma tecnologia incrível, que deixaria qualquer programador boquiaberto. Em “Quem era ela”, conhecemos a história de duas moradoras, em épocas diferentes, semelhantes em sua aparência física, mas distintas na personalidade: Emma e Jane.

O livro

Pra quem gosta de uma história de fácil compreensão, vai amar a escrita de “Quem era ela” – A leitura é fácil, os capítulos são curtos e a história não é maçante. O livro não é grande – com pouco mais de 300 páginas e possui uma linguagem atual (o que não se é de estranhar, já que foi publicado em março de 2017).

Foi minha última leitura do ano e confesso que me prendeu bastante – devorei tudo em 4 (quatro) dias.

O livro é um thriller psicológico (o primeiro que li do gênero) e te induz a acreditar em certos acontecimentos, como quem é o assassino ou porque uma casa tecnologicamente incrível possui tantas falhas.

Quem era o autor – JP Delaney

JP Delaney é o pseudônimo do escritor norte-americano Tony Strong que já publicou, sob outras identidades, diversas obras de ficção. Quem era ela é seu primeiro thriller psicológico. Pelo menos, assim me disse o Google.

Quem era Emma Mathews

Emma, a garota de antes, namorada de Simon, quer se mudar de seu apartamento depois de ter sido assaltada. Ela deseja morar em um local seguro, mas só encontram um lugar assim em Folgate Street. Simon reluta, pois acredita não conseguir viver em local com tantas restrições, mas acaba cedendo devido às maravilhas tecnológicas que ela oferece e, também, devido ao grande amor que sente por sua namorada.

Quem era Jane Cavendish

Anos mais tarde, uma jovem, muito parecida à Emma, porém sem namorados, perde sua filha Isabel antes mesmo do parto. Por conta disso, larga seu emprego de alta remuneração e começa a trabalhar numa instituição de caridades para natimortos ganhando apenas um salário mínimo. Por conta disso, precisa morar num local barato que condiga com sua nova situação financeira. Ela encontra isso em Folgate Street.

Quem era Edward Monkford

Monkford, um arquiteto minimalista, perdeu sua mulher e seu filho antes mesmo de terminar sua casa em Folgate Street. Após tentar recomeçar sua vida no Japão, ele retorna, destrói toda sua casa e a reconstrói como seus sentimentos: uma casa completamente vazia por dentro, ideia que funciona e ganha prêmios, fazendo-o se especializar no ramo – tornando-o o melhor arquiteto minimalista que existe.

Folgate Street

Para morar numa casa como essa, é sabido que o novo morador deve se encaixar em uma lista de restrições, provadas por meio de um questionário e aceitos após uma entrevista. Entretanto, não funciona assim. Monkford é conhecido por ser muito detalhista e severo, exige diversas características de seus moradores, mas aceita apenas mulheres (seu ponto fraco) morando naquela casa (algo não-declarado). Isso é provado em dois momentos no livro: Emma derruba café em seus projetos, durante a entrevista, mas ele continua calmo e a aceita (mesmo sabendo que ela vai morar com Simon). Já Jane, a entrevista tem um período extremamente curto.

Edward Monkford ou Christian Grey?

Após ler o último livro da saga “50 tons”, a última coisa que eu desejava era um livro como tal. Acabei indo ao encontro de Edward Monkford, que pouco difere de Christian Grey: Um cara bonito, extremamente rico, controlador, de hábitos minimamente trabalhados (como quando ele pergunta a Jane se seus temperos são organizados de forma alfabética ou data de validade), além de exigir que suas inquilinas tenham o mesmo hábito de organização. Dificilmente se irrita – sempre se mostra calmo, com palavras bonitas, prontas para seduzir seu alvo (ou seja, mulheres bonitas), mas quando não correspondem aos seus agrados (e isso vale pra qualquer personagem), irrita-se de forma exagerada e desnecessária.

Falando em mulheres, vemos novamente características semelhantes às de Grey – Todas as mulheres que ele se relacionava tinha o mesmo padrão físico. Ele possui um relatório sobre elas (alimentação, exercícios físicos, o que pesquisam na internet) e as controlas de forma que muitas vezes as fazem acreditar que elas é que estão erradas.

Também há conteúdo implícito de sadomasoquismo (na história de Emma).

Nota: a partir daqui, começam os spoilers

Vamos conversar um pouco sobre Emma

Emma é apresentada ao público como a coitadinha que foi assaltada e estuprada por Deon Nelson, que já foi condenado algumas vezes por roubo a residências. Por conta disso, ela começa a se tratar com a psicóloga Carol Younson para se aliviar do trauma. Infelizmente, há muita coisa por trás e Emma vai se revelando mais vilã do que heroína – Com o caso seguinte adiante, percebemos que boa parte de sua história é falsa e isso vai tomando proporções tão grandes que sua confiança se perde.

No princípio, ela namora Simon, um cara louco por ela que só falta beijar o chão que ela pisa. Mesmo ficando um pouco furioso com a história do estupro, ele continua ao lado dela, mas ela decide terminar o relacionamento, após a confissão dele de que no dia do assalto, estava numa boate de Strip com seu amigo Saul, casado com a melhor amiga de Emma, alegando que há muito tempo o relacionamento não estava dando certo.

Após isso, Emma e Monkford iniciam um relacionamento, tido como algo breve e descompromissado por ele.

Vamos conversar um pouco sobre Jane

Apesar de Jane ser fisicamente parecida com Emma, sua personalidade é diferente: Ela se mostra mais ponderada com as coisas e não tem um estilo tão sofisticado quanto o de Emma. Mentalmente, ela é mais forte também, e, apesar de também ter um relacionamento com Edward, não se rende a todos os seus caprichos.

Jane tenta descobrir mais sobre a vida de Emma e é aí que o livro se mostra incrível: ele conta as duas histórias de forma simultânea, para que o leitor possa acompanhar o progresso das duas.

Jane se aproxima de vários conhecidos de Emma que, por alguma razão, se deram mal nas mãos de sua “gêmea” do passado (Saul perdeu o emprego, Simon a própria namorada, o Detetive Clark perdeu seu emprego, entre outros). Cada um tem uma história e um ponto de vista diferente sobre Emma, o que acaba confundindo a protagonista e também nós, pobres leitores.

Paralelamente a essas pesquisas, Jane também tem sua história: como o caso em que sua filha morreu no parto e ela vai atrás do hospital junto de sua amiga Tessa, além de seu caso com Monkford, mesmo desconfiando que ele possa ser o assassino tanto de Emma quanto de Elizabeth (sua primeira esposa).

Conclusão

Posso ter dado alguns spoilers sobre a trama, mas quero deixar algumas coisas registradas a respeito:

1º Ler um thriller psicológico é maravilhoso: quando você pensa que está desvendando algo, vem o livro e te joga uma história completamente diferente na cara.

2º Jane é uma protagonista que me encantou (ao contrário de Emma), por conta de sua personalidade forte e por bater de frente com Edward em algumas cenas (torci muito pros dois não ficarem juntos).

(Alerta de spoiler agressivo) Alguns pontos, como a morte da mulher e do filho de Edward tiveram um desfecho muito idiota. A impressão que eu tenho, é que o autor quis colocar o milionário como um homem correto, mesmo que todos os personagens tenham apontado indícios para o contrário. É como se todos os defeitos dele fossem apenas decoração do livro.

4º A falta de pontuação nos diálogos da parte de Emma foram algo que eu não entendi (sinceramente, não fez nenhuma diferença na história).

5º JP Delaney e E. L. James trocavam figurinhas

Se você tiver a oportunidade, leia-o. Você vai se surpreender com a história!
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Como enfrentar Thor

A festa inclinou-se e balançou, fazendo com que todos cambaleassem, exceto Thor
e exceto Arthur, que olhava, tremendo, dentro dos olhos negros do Deus do Trovão.
Lentamente, inacreditavelmente, Arthur levantou o que pareciam ser seus pequenos
punhos magrelos.
― Vai encarar? ― disse ele.
― O que disse, seu inseto nanico? ― trovejou Thor.
― Eu perguntei ― repetiu Arthur, incapaz de manter a firmeza na voz ― se você
vai encarar? ― Moveu ridiculamente seus punhos.
Thor olhou para ele com total incredulidade. Então uma pequena nesga de fumaça
subiu, saindo de sua narina. Havia uma chama bem pequena lá dentro também.
Colocou as mãos no cinturão.
Encheu o peito, só para deixar bem claro que aquele era um homem cujo caminho
você só ousaria cruzar se estivesse acompanhado por uma boa equipe de Sherpas.
Desprendeu o cabo de seu martelo do cinturão. Segurou-o em suas mãos, deixando
à mostra a maciça marreta de ferro. Dessa forma eliminou qualquer dúvida eventual de que
estivesse apenas carregando um poste por aí.
― Se eu vou ― disse ele, sibilando como um rio correndo pelo alto-forno de uma
refinaria ― encarar?
― Sim ― disse Arthur, com a voz súbita e extraordinariamente forte e belicosa.
Sacudiu os punhos novamente, dessa vez com firmeza.
― Vamos resolver isso lá fora? ― rosnou para Thor.
― Tudo bem! ― tonitruou Thor, como um touro enfurecia (ou, na verdade, como
um Deus do Trovão enfurecido, o que bem mais impressionante), e saiu.
― Ótimo ― disse Arthur ―, ficamos livres dele. Slarty, nos tire daqui.

 

Retirado do livro “A vida, o Universo e Tudo Mais”, de Douglas Adams (3º livro da série “O mochileiro das galáxias”)

Avatar – A lenda de Aang (1-3)

Livro 1: Água
Capítulo 3: O templo de ar do sul

A empolgação de rever sua antiga morada e seus irmãos monges é grande para o nosso amigo Aang, mas Katara já logo o alerta que algo ruim poderia ter acontecido, visto que há uma lenda que a nação do fogo matou todos os dobradores de ar.

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Quem nunca zoou um amigo que estava dormindo?

Enquanto isso, do outro lado, Zhao é apresentado no mundo avatar sendo agora o novo comandante do pedaço de terra em que Zuko e seu tio Iroh aportam após, er.. digamos.. ter o navio quebrado devido a.. a.. como era a desculpa mesmo? Ah sim, uma incrível batida!

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Chamou pra um chá? Tio Iroh vira seu melhor amigo!

Após voar (e voar muito) no Bisão Voador Appa e passarem pela Cadeia de Montanhas Patola, Aang e seus amigos encontram o Templo do Ar do Sul. Aang está empolgadíssimo, mas Katara teme que ele se decepcione com o que encontrará por lá.

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“Vire à esquerda na Cadeia de Montanhas Patola e siga por mais 3km na avenida Templo do Ar do Sul” – Google, Voz feminina do

Zhao mostra os planos a Iroh e Zuko seus planos de conquistarem o reino da terra, o maior território dos 3 elementos que eles pensam em dominar, para tentar convencer Zuko a contar-lhe sobre o Avatar, que insiste em dizer que ainda não o encontrou, mas logo é desmascarado pela sua tripulação X-9.

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Parece que o RH vai ter um montão de visitas esta semana

Aang apresenta à Katara e Sokka o local em que viveu e o Jogo de Bola de Ar que adorava praticar, mas fica triste ao encontrar o local totalmente inóspito. Para animá-lo, Sokka diz que quer “bater uma bolinha” com ele.

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Aang 7 x 0 Sokka. Algum placar semelhante que você conheça? Lembre-se: eu disse semelhante, não igual!

Katara e seu irmão Sokka descobrem uma máscara da nação do fogo, mas ela prefere não lhe dizer nada para não entristecê-lo (“Sabe que não pode proteger ele pra sempre” – Sokka”).

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Aang relembra seu passado. Fala do Monge Gyatso, o maior dobrador de ar do mundo e tutor responsável pela aprendizagem de Aang. Nesse ponto, vemos um Aang questionador, que não lhe agradou muito quando descobriu que era o Avatar. Mas o monge tenta acalmá-lo.

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O maior aprendizado de nossas vidas, a gente nunca esquece, mesmo após 100 anos

O Monge Gyatso havia lhe dito que, quando fosse a hora de seu aluno, ele deveria ir até o Santuário do Templo do Ar para encontrar respostas. Então, os garotos abrem a porta e encontram…

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Voltando pra briga do fogo, Zhao diz para Zuko voltar para casa, pois agora é ele quem vai caçar o Avatar. Claro que Zuko não aceita a proposta e o desafio para o Agni Kai, um tradicional duelo de fogo em que o vencedor deve queimar o perdedor (quem desiste, coloca sua honra em xeque e quem não queima o perdedor também).

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O santuário, nada mais é, que o lugar onde todas as gerações de Avatar, em forma de estátua, se encontram.

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Além das estátuas, mas um membro acaba se juntando à equipe Avatar. Momo, um Lemuri que vive no Templo de Ar do Sul. Mas, o mais emocionante foi a disputa entre Aang e Sokka pra saber se ele seria o novo bichinho da equipe ou o novo jantar.

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Vocês já entenderam quem ganha

Agora fica a pergunta. Quem será que ganha o Agni Kai? Zuko pederá a chance de capturar o Avatar? E Aang? Descobrirá o que aconteceu com sua tribo? Descubra assistindo ao episódio completo.

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“Avise ao Senhor do Fogo imediatamente! O Avatar voltou”

 

 

O otimista ou o pessimista?

Quem é você?

O otimista


Tem consciência de sua origem divina, aceita a vida com gratidão e se identifica com tudo o que é bom, belo, justo, nobre, harmonioso.

O otimista tem uma personalidade atraente; é ativo, afetuoso, cordial, alegre, produtivo; tem espírito fraterno, coração generoso; é inabalável, caráter nobre.

O entusiasmo é uma constante na vida do otimista. Ele está sempre desenvolvendo suas qualidades e aptidões: deixa rastros de luz e bons exemplos por onde passa; é amigo da ordem e do progresso; vê no trabalho uma demonstração de afeto e o melhor caminho para suas realizações.

O pessimista

Ignora sua filiação com o Criador e desconhece que, em seu íntimo, há um potencial ilimitado de forças que podem ser usadas livremente em seu benefício e no de terceiros.

O pessimista inverte os valores que Deus lhe dá. Por isso, toma atitudes negativas, enxergando tudo como um mal. Está sempre prevendo dores e pesares; é apático, indolente, indeciso, triste, improdutivo; tem inveja de quem prospera e de quem contribui para o progresso.

Enquanto ele não desperta para a Grande Realidade, fica à margem da estrada, sem usufruir as alegrias da vida.

 

Autor: R. Stanganelli
Livro: A essência do Otimismo – A arte de viver