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Invisível aos olhos – O Pequeno Príncipe

Sobre o livro

A última obra (e a mais famosa) de Antoine de Saint-Exupéry, foi escrita em 1939 e conta a história de um piloto que precisou fazer um pouso forçado no deserto do Saara, em um local totalmente inóspito. Ele precisa ser rápido, pois só possui água para passar oito dias naquele local.

Enquanto tenta salvar a si mesmo, um baixotinho loirinho se aproxima já chegando na maior intimidade lhe pedindo uma ovelha. O motivo: seu pequeno planeta está sendo invadido por criaturas arborísticas terríveis chamadas “Baobás” e precisa de alguma coisa que possa destruí-las enquanto são pequenas e fofas.

Mas, para ele não é suficiente. Ele conta a história de seu planeta, enquanto o narrador-personagem tenta se concentrar na mecânica de seu piloto para voltar onde existe aviação. Porém, como não consegue, acaba se rendendo às histórias do pequenino e conhece personagens como a rosa que é dramática e precisa de atenção o tempo todo, apelando para o sentimentalismo humano, alegando ser alérgica ao ar e que muitas criaturas irão aparecer para devorá-la se o pequeno príncipe a deixar.

Além dela, também conhecemos o vaidoso, que precisa ouvir a cada 10 minutos de que é muito lindo, o rei, que precisa muito ordenar alguém, senão fica frustrado, o contador de estrelas e o acendedor de lampiões, que não param por um minuto, pois sempre precisam trabalhar, a raposa, que é o personagem mais famoso do livro, aquela que precisa ser cativada e coisa e tal, o carregador de trens, que não tem ideia pra onde sua carga vai, o milagreiro, que vende uma pílula, jurando que aquilo substitui água e por aí vai.

Ao final do livro, claro, o piloto precisa deixar o príncipe e voar de volta à civilização, mas não vou contar como termina, pois aí seria muito spoiler. Caso queiram ver minha análise capítulo a capítulo, acessem minha página no Skoob

Sobre o autor

O escritor do livro, Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944), também foi ilustrador e piloto francês, o que o influenciou nas escritas. Outros livros que escreveu: O aviador (1926), Correio do Sul (1929) e Terra dos Homens (1939). É curioso notar que na ficção, o narrador-personagem cai num deserto inóspito, onde conhece o príncipe, enquanto o escritor desapareceu numa missão de reconhecimento em 1944 e nunca mais foi encontrado. Talvez, tal qual o príncipe, o escritor foi morar nas estrelas

Referências

Leia sobre o autor aqui: https://www.ebiografia.com/antoine_de_saint_exupery/
https://www.oexplorador.com.br/saint-exupery/

Para descontrair

@affthehype

📚 Clássicos da literatura resumidos para caber no tiktok: o pequeno príncipe

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Como enfrentar Thor

A festa inclinou-se e balançou, fazendo com que todos cambaleassem, exceto Thor
e exceto Arthur, que olhava, tremendo, dentro dos olhos negros do Deus do Trovão.
Lentamente, inacreditavelmente, Arthur levantou o que pareciam ser seus pequenos
punhos magrelos.
― Vai encarar? ― disse ele.
― O que disse, seu inseto nanico? ― trovejou Thor.
― Eu perguntei ― repetiu Arthur, incapaz de manter a firmeza na voz ― se você
vai encarar? ― Moveu ridiculamente seus punhos.
Thor olhou para ele com total incredulidade. Então uma pequena nesga de fumaça
subiu, saindo de sua narina. Havia uma chama bem pequena lá dentro também.
Colocou as mãos no cinturão.
Encheu o peito, só para deixar bem claro que aquele era um homem cujo caminho
você só ousaria cruzar se estivesse acompanhado por uma boa equipe de Sherpas.
Desprendeu o cabo de seu martelo do cinturão. Segurou-o em suas mãos, deixando
à mostra a maciça marreta de ferro. Dessa forma eliminou qualquer dúvida eventual de que
estivesse apenas carregando um poste por aí.
― Se eu vou ― disse ele, sibilando como um rio correndo pelo alto-forno de uma
refinaria ― encarar?
― Sim ― disse Arthur, com a voz súbita e extraordinariamente forte e belicosa.
Sacudiu os punhos novamente, dessa vez com firmeza.
― Vamos resolver isso lá fora? ― rosnou para Thor.
― Tudo bem! ― tonitruou Thor, como um touro enfurecia (ou, na verdade, como
um Deus do Trovão enfurecido, o que bem mais impressionante), e saiu.
― Ótimo ― disse Arthur ―, ficamos livres dele. Slarty, nos tire daqui.

 

Retirado do livro “A vida, o Universo e Tudo Mais”, de Douglas Adams (3º livro da série “O mochileiro das galáxias”)