Arquivo da tag: resenha

O fio do destino – 2ª parte

Capítulo 4

Num único capítulo, dois casamentos foram prometidos. Jacques recebe a visita de um ricaço q ele elogia sua beleza por várias vezes (sério, toda página ele falava da beleza do cara) e aí, pra fugir das ruínas, entrega a própria irmã pra casar com o cara. Lógico que a irmã reluta um bom tempo, mas por livre e espontânea pressão do irmão, da mãe e do ricaço, que se chama Jean, ela aceita.

Sério, o cara já veio mal-intencionado. Já sabe que a família tá pobre e já vai lá quitar as dívidas pra eles ficarem à mercê dele. A família do Jacques, que eu tava doido pra vê-los na pobreza por um tempo, foi salvo por outro riquinho mimado, porém belo e elegante (atributos mencionados pelo próprio Jacques 500x), que nem o próprio Jacques suporta. Poxa, gente, um pouco de sofrimento pros personagens não faz mal a ninguém…

Com o passar das páginas, Jacques percebe que fez burrada. Afinal, o cara era o mesmo q ele conhecia nos tempos da escola. Um sujeitinho arrogante que ameaça a própria futura esposa, caso ela não seja doce e submissa a ele. Pra piorar, não basta ele pagar os títulos, ainda os mantém consigo pra poder usá-los em momento oportuno, caso necessário.

Enquanto isso, na festa de noivado deles, Jacques se encanta por Elisa. Eles ficam de namorico ali às escuras, toma um vinho e aí ele apaga. Certeza que a mulher batizou o negócio. Aí ela o arrasta pro quarto e… bom, vocês sabem! Quando ele acorda, ela está chorando porque… é… fez aquilo (quer dizer, ela jura que fez enquanto o cara tava apagadão… gente, na minha terra, isso tem outro nome!). O cara fala q vai se casar com ela, aí dá de cara com o futuro sogrão. É, agora não tem jeito, vai ter que adiar a viagem pra Paris e honrar o que fez (ou o que não fez, sei lá)

Veja a primeira parte aqui

Retorno à leitura e às resenhas

Todo mundo sabe que, toda vez que vira o ano, nós, ou pelo menos, alguns habitantes da Terra, apenas, nos enchemos de promessas com o objetivo maior de nos tornarmos pessoas melhores.

Pois bem. Tendo abandonado o mundo da literatura por um tempinho, este ano, uma das minhas promessas foi voltar a ler livros e trazer resenha sobre eles aqui no blog. Até porque, muitos livros ainda seguem intocados em minha prateleira vasta de romances e ficções embrulhados em criativas e coloridas capas bem-planejadas.

Após ter retornado de minhas férias, eis que recebo a sugestão de ler um dos livros da prateleira de uma tia minha. Como se já não bastassem os milhões de livros próprios que preciso ler, ainda loto com mais um fora de minha propriedade. Por conta de conhecimentos prévios, resolvi escolher um livro da escritora Zíbia Gasparetto, “O Fio do Destino”.

Como eu sei que não terei muito tempo para ler um livro completo, vou me disciplinar para ler, pelo menos, um capítulo por semana. Este, por exemplo, conta com 17 capítulos e eu espero terminar tudo antes que maio comece.

Até o momento, já foram devorados três capítulos. Para que o post não fique tão grande, vou apenas resumi-los:

O Fio do Destino começa contando a história de Jacques Latour e sua família rica (pai, mãe e irmã). Jacques é um jovem bem mimadinho muito bem respeitado (claro, né $$$) pela sociedade, mas que se algo lhe é tirado, então ele fica meio bravinho e vai reclamar com quem possa para conseguir o que é seu de direito, como na vez em que ele foi ao teatro e uma mulher comprou o lugar dele (importantíssima, tratando-se de dinheiro).

Mas, tudo que é bom, dura pouco (ou quase isso). Ao descobrir que está falido e cheio de contas para pagar, seu pai ricaço vai de “arrasta pra cima” e deixa todas as dívidas para os filhos (e a esposa) com o risco de a família ir toda para o Serasa. Então o filho, mimadinho, vai correr atrás dos credores para negociar as dívidas, mas ele percebe que a galera só puxava o saco dele pela gigantesca quantia de dinheiro que ele tinha, por isso, as coisas mudam e todo mundo resolve dizer que quer seu dinheiro agora.

O que será que ele fará, agora que o cara que nunca teve uma carteira assinada, está sem dinheiro?

Veremos nas próximas resenhas.


Siga-me no Skoob

Quem era ela

A casa nº 1 de Folgate Street é muito peculiar: com sua arquitetura minimalista, com poucos móveis e cômodos que ligam uns aos outros sem portas. Para morar nesse lugar, você não precisa de muita grana, mas é preciso responder a um questionário longo que deve estar de acordo com inúmeras cláusulas, que vão desde a organização do local até estudos do cotidiano do inquilino. A casa tem uma tecnologia incrível, que deixaria qualquer programador boquiaberto. Em “Quem era ela”, conhecemos a história de duas moradoras, em épocas diferentes, semelhantes em sua aparência física, mas distintas na personalidade: Emma e Jane.

O livro

Pra quem gosta de uma história de fácil compreensão, vai amar a escrita de “Quem era ela” – A leitura é fácil, os capítulos são curtos e a história não é maçante. O livro não é grande – com pouco mais de 300 páginas e possui uma linguagem atual (o que não se é de estranhar, já que foi publicado em março de 2017).

Foi minha última leitura do ano e confesso que me prendeu bastante – devorei tudo em 4 (quatro) dias.

O livro é um thriller psicológico (o primeiro que li do gênero) e te induz a acreditar em certos acontecimentos, como quem é o assassino ou porque uma casa tecnologicamente incrível possui tantas falhas.

Quem era o autor – JP Delaney

JP Delaney é o pseudônimo do escritor norte-americano Tony Strong que já publicou, sob outras identidades, diversas obras de ficção. Quem era ela é seu primeiro thriller psicológico. Pelo menos, assim me disse o Google.

Quem era Emma Mathews

Emma, a garota de antes, namorada de Simon, quer se mudar de seu apartamento depois de ter sido assaltada. Ela deseja morar em um local seguro, mas só encontram um lugar assim em Folgate Street. Simon reluta, pois acredita não conseguir viver em local com tantas restrições, mas acaba cedendo devido às maravilhas tecnológicas que ela oferece e, também, devido ao grande amor que sente por sua namorada.

Quem era Jane Cavendish

Anos mais tarde, uma jovem, muito parecida à Emma, porém sem namorados, perde sua filha Isabel antes mesmo do parto. Por conta disso, larga seu emprego de alta remuneração e começa a trabalhar numa instituição de caridades para natimortos ganhando apenas um salário mínimo. Por conta disso, precisa morar num local barato que condiga com sua nova situação financeira. Ela encontra isso em Folgate Street.

Quem era Edward Monkford

Monkford, um arquiteto minimalista, perdeu sua mulher e seu filho antes mesmo de terminar sua casa em Folgate Street. Após tentar recomeçar sua vida no Japão, ele retorna, destrói toda sua casa e a reconstrói como seus sentimentos: uma casa completamente vazia por dentro, ideia que funciona e ganha prêmios, fazendo-o se especializar no ramo – tornando-o o melhor arquiteto minimalista que existe.

Folgate Street

Para morar numa casa como essa, é sabido que o novo morador deve se encaixar em uma lista de restrições, provadas por meio de um questionário e aceitos após uma entrevista. Entretanto, não funciona assim. Monkford é conhecido por ser muito detalhista e severo, exige diversas características de seus moradores, mas aceita apenas mulheres (seu ponto fraco) morando naquela casa (algo não-declarado). Isso é provado em dois momentos no livro: Emma derruba café em seus projetos, durante a entrevista, mas ele continua calmo e a aceita (mesmo sabendo que ela vai morar com Simon). Já Jane, a entrevista tem um período extremamente curto.

Edward Monkford ou Christian Grey?

Após ler o último livro da saga “50 tons”, a última coisa que eu desejava era um livro como tal. Acabei indo ao encontro de Edward Monkford, que pouco difere de Christian Grey: Um cara bonito, extremamente rico, controlador, de hábitos minimamente trabalhados (como quando ele pergunta a Jane se seus temperos são organizados de forma alfabética ou data de validade), além de exigir que suas inquilinas tenham o mesmo hábito de organização. Dificilmente se irrita – sempre se mostra calmo, com palavras bonitas, prontas para seduzir seu alvo (ou seja, mulheres bonitas), mas quando não correspondem aos seus agrados (e isso vale pra qualquer personagem), irrita-se de forma exagerada e desnecessária.

Falando em mulheres, vemos novamente características semelhantes às de Grey – Todas as mulheres que ele se relacionava tinha o mesmo padrão físico. Ele possui um relatório sobre elas (alimentação, exercícios físicos, o que pesquisam na internet) e as controlas de forma que muitas vezes as fazem acreditar que elas é que estão erradas.

Também há conteúdo implícito de sadomasoquismo (na história de Emma).

Nota: a partir daqui, começam os spoilers

Vamos conversar um pouco sobre Emma

Emma é apresentada ao público como a coitadinha que foi assaltada e estuprada por Deon Nelson, que já foi condenado algumas vezes por roubo a residências. Por conta disso, ela começa a se tratar com a psicóloga Carol Younson para se aliviar do trauma. Infelizmente, há muita coisa por trás e Emma vai se revelando mais vilã do que heroína – Com o caso seguinte adiante, percebemos que boa parte de sua história é falsa e isso vai tomando proporções tão grandes que sua confiança se perde.

No princípio, ela namora Simon, um cara louco por ela que só falta beijar o chão que ela pisa. Mesmo ficando um pouco furioso com a história do estupro, ele continua ao lado dela, mas ela decide terminar o relacionamento, após a confissão dele de que no dia do assalto, estava numa boate de Strip com seu amigo Saul, casado com a melhor amiga de Emma, alegando que há muito tempo o relacionamento não estava dando certo.

Após isso, Emma e Monkford iniciam um relacionamento, tido como algo breve e descompromissado por ele.

Vamos conversar um pouco sobre Jane

Apesar de Jane ser fisicamente parecida com Emma, sua personalidade é diferente: Ela se mostra mais ponderada com as coisas e não tem um estilo tão sofisticado quanto o de Emma. Mentalmente, ela é mais forte também, e, apesar de também ter um relacionamento com Edward, não se rende a todos os seus caprichos.

Jane tenta descobrir mais sobre a vida de Emma e é aí que o livro se mostra incrível: ele conta as duas histórias de forma simultânea, para que o leitor possa acompanhar o progresso das duas.

Jane se aproxima de vários conhecidos de Emma que, por alguma razão, se deram mal nas mãos de sua “gêmea” do passado (Saul perdeu o emprego, Simon a própria namorada, o Detetive Clark perdeu seu emprego, entre outros). Cada um tem uma história e um ponto de vista diferente sobre Emma, o que acaba confundindo a protagonista e também nós, pobres leitores.

Paralelamente a essas pesquisas, Jane também tem sua história: como o caso em que sua filha morreu no parto e ela vai atrás do hospital junto de sua amiga Tessa, além de seu caso com Monkford, mesmo desconfiando que ele possa ser o assassino tanto de Emma quanto de Elizabeth (sua primeira esposa).

Conclusão

Posso ter dado alguns spoilers sobre a trama, mas quero deixar algumas coisas registradas a respeito:

1º Ler um thriller psicológico é maravilhoso: quando você pensa que está desvendando algo, vem o livro e te joga uma história completamente diferente na cara.

2º Jane é uma protagonista que me encantou (ao contrário de Emma), por conta de sua personalidade forte e por bater de frente com Edward em algumas cenas (torci muito pros dois não ficarem juntos).

(Alerta de spoiler agressivo) Alguns pontos, como a morte da mulher e do filho de Edward tiveram um desfecho muito idiota. A impressão que eu tenho, é que o autor quis colocar o milionário como um homem correto, mesmo que todos os personagens tenham apontado indícios para o contrário. É como se todos os defeitos dele fossem apenas decoração do livro.

4º A falta de pontuação nos diálogos da parte de Emma foram algo que eu não entendi (sinceramente, não fez nenhuma diferença na história).

5º JP Delaney e E. L. James trocavam figurinhas

Se você tiver a oportunidade, leia-o. Você vai se surpreender com a história!
Conheça meu perfil no Skoob, clicando aqui!