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Como Enfrentar Thor

A festa inclinou-se e balançou, fazendo com que todos cambaleassem, exceto Thor e exceto Arthur, que olhava, tremendo, dentro dos olhos negros do Deus do Trovão.

Lentamente, inacreditavelmente, Arthur levantou o que pareciam ser seus pequenos punhos magrelos.

― Vai encarar? ― disse ele.
― O que disse, seu inseto nanico? ― trovejou Thor.
― Eu perguntei ― repetiu Arthur, incapaz de manter a firmeza na voz ― se você vai encarar? ― Moveu ridiculamente seus punhos.

Thor olhou para ele com total incredulidade. Então uma pequena nesga de fumaça subiu, saindo de sua narina. Havia uma chama bem pequena lá dentro também. Colocou as mãos no cinturão. Encheu o peito, só para deixar bem claro que aquele era um homem cujo caminho você só ousaria cruzar se estivesse acompanhado por uma boa equipe de Sherpas.

Desprendeu o cabo de seu martelo do cinturão. Segurou-o em suas mãos, deixando à mostra a maciça marreta de ferro. Dessa forma eliminou qualquer dúvida eventual de que estivesse apenas carregando um poste por aí.

― Se eu vou ― disse ele, sibilando como um rio correndo pelo alto-forno de uma refinaria ― encarar?
― Sim ― disse Arthur, com a voz súbita e extraordinariamente forte e belicosa.

Sacudiu os punhos novamente, dessa vez com firmeza.

― Vamos resolver isso lá fora? ― rosnou para Thor.
― Tudo bem! ― tonitruou Thor, como um touro enfurecia (ou, na verdade, como um Deus do Trovão enfurecido, o que bem mais impressionante), e saiu.
― Ótimo ― disse Arthur ―, ficamos livres dele. Slarty, nos tire daqui.

Créditos

Trecho retirado do livro “A vida, o universo e tudo mais”, terceiro da série “O mochileiro das galáxias”, de Douglas Adams

Quem era ela

A casa nº 1 de Folgate Street é muito peculiar: com sua arquitetura minimalista, com poucos móveis e cômodos que ligam uns aos outros sem portas. Para morar nesse lugar, você não precisa de muita grana, mas é preciso responder a um questionário longo que deve estar de acordo com inúmeras cláusulas, que vão desde a organização do local até estudos do cotidiano do inquilino. A casa tem uma tecnologia incrível, que deixaria qualquer programador boquiaberto. Em “Quem era ela”, conhecemos a história de duas moradoras, em épocas diferentes, semelhantes em sua aparência física, mas distintas na personalidade: Emma e Jane.

O livro

Pra quem gosta de uma história de fácil compreensão, vai amar a escrita de “Quem era ela” – A leitura é fácil, os capítulos são curtos e a história não é maçante. O livro não é grande – com pouco mais de 300 páginas e possui uma linguagem atual (o que não se é de estranhar, já que foi publicado em março de 2017).

Foi minha última leitura do ano e confesso que me prendeu bastante – devorei tudo em 4 (quatro) dias.

O livro é um thriller psicológico (o primeiro que li do gênero) e te induz a acreditar em certos acontecimentos, como quem é o assassino ou porque uma casa tecnologicamente incrível possui tantas falhas.

Quem era o autor – JP Delaney

JP Delaney é o pseudônimo do escritor norte-americano Tony Strong que já publicou, sob outras identidades, diversas obras de ficção. Quem era ela é seu primeiro thriller psicológico. Pelo menos, assim me disse o Google.

Quem era Emma Mathews

Emma, a garota de antes, namorada de Simon, quer se mudar de seu apartamento depois de ter sido assaltada. Ela deseja morar em um local seguro, mas só encontram um lugar assim em Folgate Street. Simon reluta, pois acredita não conseguir viver em local com tantas restrições, mas acaba cedendo devido às maravilhas tecnológicas que ela oferece e, também, devido ao grande amor que sente por sua namorada.

Quem era Jane Cavendish

Anos mais tarde, uma jovem, muito parecida à Emma, porém sem namorados, perde sua filha Isabel antes mesmo do parto. Por conta disso, larga seu emprego de alta remuneração e começa a trabalhar numa instituição de caridades para natimortos ganhando apenas um salário mínimo. Por conta disso, precisa morar num local barato que condiga com sua nova situação financeira. Ela encontra isso em Folgate Street.

Quem era Edward Monkford

Monkford, um arquiteto minimalista, perdeu sua mulher e seu filho antes mesmo de terminar sua casa em Folgate Street. Após tentar recomeçar sua vida no Japão, ele retorna, destrói toda sua casa e a reconstrói como seus sentimentos: uma casa completamente vazia por dentro, ideia que funciona e ganha prêmios, fazendo-o se especializar no ramo – tornando-o o melhor arquiteto minimalista que existe.

Folgate Street

Para morar numa casa como essa, é sabido que o novo morador deve se encaixar em uma lista de restrições, provadas por meio de um questionário e aceitos após uma entrevista. Entretanto, não funciona assim. Monkford é conhecido por ser muito detalhista e severo, exige diversas características de seus moradores, mas aceita apenas mulheres (seu ponto fraco) morando naquela casa (algo não-declarado). Isso é provado em dois momentos no livro: Emma derruba café em seus projetos, durante a entrevista, mas ele continua calmo e a aceita (mesmo sabendo que ela vai morar com Simon). Já Jane, a entrevista tem um período extremamente curto.

Edward Monkford ou Christian Grey?

Após ler o último livro da saga “50 tons”, a última coisa que eu desejava era um livro como tal. Acabei indo ao encontro de Edward Monkford, que pouco difere de Christian Grey: Um cara bonito, extremamente rico, controlador, de hábitos minimamente trabalhados (como quando ele pergunta a Jane se seus temperos são organizados de forma alfabética ou data de validade), além de exigir que suas inquilinas tenham o mesmo hábito de organização. Dificilmente se irrita – sempre se mostra calmo, com palavras bonitas, prontas para seduzir seu alvo (ou seja, mulheres bonitas), mas quando não correspondem aos seus agrados (e isso vale pra qualquer personagem), irrita-se de forma exagerada e desnecessária.

Falando em mulheres, vemos novamente características semelhantes às de Grey – Todas as mulheres que ele se relacionava tinha o mesmo padrão físico. Ele possui um relatório sobre elas (alimentação, exercícios físicos, o que pesquisam na internet) e as controlas de forma que muitas vezes as fazem acreditar que elas é que estão erradas.

Também há conteúdo implícito de sadomasoquismo (na história de Emma).

Nota: a partir daqui, começam os spoilers

Vamos conversar um pouco sobre Emma

Emma é apresentada ao público como a coitadinha que foi assaltada e estuprada por Deon Nelson, que já foi condenado algumas vezes por roubo a residências. Por conta disso, ela começa a se tratar com a psicóloga Carol Younson para se aliviar do trauma. Infelizmente, há muita coisa por trás e Emma vai se revelando mais vilã do que heroína – Com o caso seguinte adiante, percebemos que boa parte de sua história é falsa e isso vai tomando proporções tão grandes que sua confiança se perde.

No princípio, ela namora Simon, um cara louco por ela que só falta beijar o chão que ela pisa. Mesmo ficando um pouco furioso com a história do estupro, ele continua ao lado dela, mas ela decide terminar o relacionamento, após a confissão dele de que no dia do assalto, estava numa boate de Strip com seu amigo Saul, casado com a melhor amiga de Emma, alegando que há muito tempo o relacionamento não estava dando certo.

Após isso, Emma e Monkford iniciam um relacionamento, tido como algo breve e descompromissado por ele.

Vamos conversar um pouco sobre Jane

Apesar de Jane ser fisicamente parecida com Emma, sua personalidade é diferente: Ela se mostra mais ponderada com as coisas e não tem um estilo tão sofisticado quanto o de Emma. Mentalmente, ela é mais forte também, e, apesar de também ter um relacionamento com Edward, não se rende a todos os seus caprichos.

Jane tenta descobrir mais sobre a vida de Emma e é aí que o livro se mostra incrível: ele conta as duas histórias de forma simultânea, para que o leitor possa acompanhar o progresso das duas.

Jane se aproxima de vários conhecidos de Emma que, por alguma razão, se deram mal nas mãos de sua “gêmea” do passado (Saul perdeu o emprego, Simon a própria namorada, o Detetive Clark perdeu seu emprego, entre outros). Cada um tem uma história e um ponto de vista diferente sobre Emma, o que acaba confundindo a protagonista e também nós, pobres leitores.

Paralelamente a essas pesquisas, Jane também tem sua história: como o caso em que sua filha morreu no parto e ela vai atrás do hospital junto de sua amiga Tessa, além de seu caso com Monkford, mesmo desconfiando que ele possa ser o assassino tanto de Emma quanto de Elizabeth (sua primeira esposa).

Conclusão

Posso ter dado alguns spoilers sobre a trama, mas quero deixar algumas coisas registradas a respeito:

1º Ler um thriller psicológico é maravilhoso: quando você pensa que está desvendando algo, vem o livro e te joga uma história completamente diferente na cara.

2º Jane é uma protagonista que me encantou (ao contrário de Emma), por conta de sua personalidade forte e por bater de frente com Edward em algumas cenas (torci muito pros dois não ficarem juntos).

(Alerta de spoiler agressivo) Alguns pontos, como a morte da mulher e do filho de Edward tiveram um desfecho muito idiota. A impressão que eu tenho, é que o autor quis colocar o milionário como um homem correto, mesmo que todos os personagens tenham apontado indícios para o contrário. É como se todos os defeitos dele fossem apenas decoração do livro.

4º A falta de pontuação nos diálogos da parte de Emma foram algo que eu não entendi (sinceramente, não fez nenhuma diferença na história).

5º JP Delaney e E. L. James trocavam figurinhas

Se você tiver a oportunidade, leia-o. Você vai se surpreender com a história!
Conheça meu perfil no Skoob, clicando aqui!

Como enfrentar Thor

A festa inclinou-se e balançou, fazendo com que todos cambaleassem, exceto Thor
e exceto Arthur, que olhava, tremendo, dentro dos olhos negros do Deus do Trovão.
Lentamente, inacreditavelmente, Arthur levantou o que pareciam ser seus pequenos
punhos magrelos.
― Vai encarar? ― disse ele.
― O que disse, seu inseto nanico? ― trovejou Thor.
― Eu perguntei ― repetiu Arthur, incapaz de manter a firmeza na voz ― se você
vai encarar? ― Moveu ridiculamente seus punhos.
Thor olhou para ele com total incredulidade. Então uma pequena nesga de fumaça
subiu, saindo de sua narina. Havia uma chama bem pequena lá dentro também.
Colocou as mãos no cinturão.
Encheu o peito, só para deixar bem claro que aquele era um homem cujo caminho
você só ousaria cruzar se estivesse acompanhado por uma boa equipe de Sherpas.
Desprendeu o cabo de seu martelo do cinturão. Segurou-o em suas mãos, deixando
à mostra a maciça marreta de ferro. Dessa forma eliminou qualquer dúvida eventual de que
estivesse apenas carregando um poste por aí.
― Se eu vou ― disse ele, sibilando como um rio correndo pelo alto-forno de uma
refinaria ― encarar?
― Sim ― disse Arthur, com a voz súbita e extraordinariamente forte e belicosa.
Sacudiu os punhos novamente, dessa vez com firmeza.
― Vamos resolver isso lá fora? ― rosnou para Thor.
― Tudo bem! ― tonitruou Thor, como um touro enfurecia (ou, na verdade, como
um Deus do Trovão enfurecido, o que bem mais impressionante), e saiu.
― Ótimo ― disse Arthur ―, ficamos livres dele. Slarty, nos tire daqui.

 

Retirado do livro “A vida, o Universo e Tudo Mais”, de Douglas Adams (3º livro da série “O mochileiro das galáxias”)

HQ: Calvin e Haroldo

Vamos ler mais algumas dessas incríveis histórias de Calvin e Haroldo, grandes personagens dos quadrinhos criados por Bill Watterson.

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Lições sobre como voar

Introdução
O Guia do Mochileiro das Galáxias diz o seguinte a respeito de voar:
Há toda uma arte, ele diz, ou melhor, um jeitinho para voar. O jeitinho consiste em aprender como se jogar no chão e errar. Encontre um belo dia e experimente.

Primeiros passos: Se jogue!
A primeira parte é fácil.
Ela requer apenas a habilidade de se jogar para a frente, com todo seu peso, e o desprendimento para não se preocupar com o fato de que vai doer. Ou melhor, vai doer se você deixar de errar o chão.

Erre o chão!
Muitas pessoas deixam de errar o chão e, se estiverem praticando da forma correta, o mais provável é que vão deixar de errar com muita força. Claramente é o segundo ponto, que diz respeito a errar, que representa a maior dificuldade.

Problemas de quem não erra o chão
Um dos problemas é que você precisa errar o chão acidentalmente. Não adianta tentar errar o chão de forma deliberada, porque você não irá conseguir. É preciso que sua atenção seja subitamente desviada por outra coisa quando você está a meio caminho, de forma que você não pense mais a respeito de estar caindo, ou a respeito do chão, ou sobre o quanto isso tudo irá doer se você deixar de errar.
É reconhecidamente difícil remover sua atenção dessas três coisas durante a fração de segundo que você tem à sua disposição. O que explica por que muitas pessoas fracassam, bem como a eventual desilusão com esse esporte divertido e espetacular.

A dica de ouro é: Distraia-se!
Contudo, se você tiver a sorte de ficar completamente distraído no momento crucial por, digamos, lindas pernas (tentáculos, pseudópodos, de acordo com o filo e/ou inclinação pessoal) ou por uma bomba explodindo por perto, ou por notar subitamente uma espécie
muito rara de besouro subindo num galho próximo, então, em sua perplexidade, você irá errar o chão completamente e ficará flutuando a poucos centímetros dele, de uma forma que irá parecer ligeiramente tola.

Balance e flutue, flutue e balance!
Esse é o momento para uma sublime e delicada concentração.
Balance e flutue, flutue e balance. Ignore todas as considerações a respeito de seu próprio peso e simplesmente deixe-se flutuar mais alto.

Foco!
Não ouça nada que possam dizer nesse momento porque dificilmente seria algo de útil.
Provavelmente dirão algo como: “Meu Deus, você não pode estar voando!”
É de vital importância que você não acredite nisso: do contrário, subitamente estará certo.

Aperfeiçoe seu voo
Flutue cada vez mais alto.
Tente alguns mergulhos, bem devagar no início, depois deixe-se levar para cima das árvores, sempre respirando pausadamente.

NÃO ACENE PARA NINGUÉM.
Quando você já tiver repetido isso algumas vezes, perceberá que o momento da distração logo se torna cada vez mais fácil de atingir. Você pode, então, aprender diversas coisas sobre como controlar seu vôo, sua velocidade, como manobrar, etc. O truque está sempre em não pensar muito a fundo naquilo que você quer fazer. Apenas deixe que aconteça, como se fosse algo perfeitamente natural.

A parte final: O pouso!
Você também irá aprender como pousar suavemente, coisa com a qual, com quase toda certeza, você irá se atrapalhar ― e se atrapalhar feio ― em sua primeira tentativa.

Clubes privados de voo – faça amizade com quem também está neste ramo.
Há clubes privados de voo aos quais você pode se juntar e que irão ajudá-lo a atingir esse momento fundamental de distração. Eles contratam pessoas com um físico inacreditável ― ou com opiniões inacreditáveis ―, e essas pessoas pulam de trás de arbustos para exibir seus corpos ― ou suas opiniões ― nos momentos cruciais. Poucos mochileiros de verdade terão dinheiro para se juntar a esses clubes, mas é possível conseguir um emprego temporário em um deles.

Texto retirado de “A vida, o universo e tudo mais”, componente da saga “O mochileiro das galáxias”, de Douglas Adams

Los de las casas rodantes

Me desplacé por un camino dando saltos, esquivando charcos y barro para llegar a una carpa gigante que veía a la distancia de aspecto cutre e irrelevante con trailers rodantes, cercos con pinturas incolora, tela desteñidas y cutres lonas.

Al llegar a la entrada, esto se difería al contemplar rostros que, al verlos, hacían agradable y cómoda la estadía en ese lugar. Con una sonrisa fuimos recibidos- al abrir las cortinas, recordé mi niñez cuando mi mamá me llevaba al circo.

En sillas empolvadas, observé a un público menor a 20 personas, escasos niños contentos que reían al ver a los payasos. En frente del espetáculo, estaban sentados tranquilos y observadores unos niños que transmitían apoyo a sus familiares, los cuales hacían reír al resto del poco público, pues eran los hijos y sobrinos de las ocultas personas maravillosas que en ese circo se encontraban haciendo el espetáculo.

Detallé cada elemento de esa gran carpa, agujeros que desde el punto donde estaba sentado se podían ver el cielo y las estrellas, un nudo atado a mi garganta no me permitió contener mis lágrimas. Mi amiga y yo salimos de ese sítio, hablamos con la dueña del circo la cual se encontraba preparando un dulce algodón de azúcar en uno de los trailers. Mi amiga le hice unas preguntas referentes al circo. La escuché responder:

– Hoy es que medio hay personas, los otros días asisten no más a 4 ó 6 personas, la lluvia no nos ha permitido y la gente muy poco asiste al circo.

Luego escuché al hijo mayor de la señora decir:

– Lo ppoco que hacemos es para comer, vivimos en estas casas rodantes. Nunca hemos tenido una casa de bloque y cemento, pero sí tenemos un hogar a la mona también tenemos que alimentarla de nuestra comida, hacemos colas al igual que cualquier venezolano. Lamentablemente, lo que hacemos no nos alcanza para comprarle a los bachaqueros (revendedores de comida escasa).

A la distancia, vi a un niño de dos años de edad, lo llamé, lo cargué y le pedí un abrazo. Se me salió una lágrima y vi una luz perpetua que me hizo encontrar con mi niño interno. Haber asistido a ese circo y ser recibido de una grata forma ha sido una excelente forma de encontrarme una vez más con Dios, mi amigo Dios.

Conto de Luis Mendez

Calvin e Haroldo fizeram parte da minha infância

Escrito por o Bill Watterson, de 1985 a 1995, Calvin e Haroldo (Calvin and Hobbes) é uma HQ que retrata a história de um garotinho de 6 anos cujo melhor amigo é um tigre que se transforma em pelúcia quando está perto de algum adulto e é de verdade quando está apenas perto de Calvin. Uma genialidade de Bill, já que ele consegue retratar tão bem a imaginação de uma criança que fica até difícil imaginar como isso poderia acontecer.

Quando eu era garoto, gostava muito de ler as historinhas dele, mas, só depois de anos fui retomar a leitura e perceber como ele possui várias historinhas legais, discorrendo sobre diversos assuntos na visão ingênua de uma criança. Afinal, Bill não se preocupou apenas em retratar uma história infantil, mas mostrar a realidade na visão de uma criança.

Também é interessante perceber como o autor se preocupou em dar tanta vida ao tigre Haroldo que é visto, claramente, em várias tiras que ambos também discordam de muita coisa, o que, muitas vezes irrita Calvin.

Vou por algumas histórias dele que acho bem legal.

Veja mais em Depósito de Calvin

 

Peanuts e Calvin and Hobbes

Como nessa semana tivemos o dia das crianças, vou postar aqui algumas tiras de Charlie Brown e umas de Calvin e Haroldo (já presente neste blog).

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Calvin e Haroldo fizeram parte da minha infância

Escrito por o Bill Watterson, de 1985 a 1995, Calvin e Haroldo (Calvin and Hobbes) é uma HQ que retrata a história de um garotinho de 6 anos cujo melhor amigo é um tigre que se transforma em pelúcia quando está perto de algum adulto e é de verdade quando está apenas perto de Calvin. Uma genialidade de Bill, já que ele consegue retratar tão bem a imaginação de uma criança que fica até difícil imaginar como isso poderia acontecer.

Quando eu era garoto, gostava muito de ler as historinhas dele, mas, só depois de anos fui retomar a leitura e perceber como ele possui várias historinhas legais, discorrendo sobre diversos assuntos na visão ingênua de uma criança. Afinal, Bill não se preocupou apenas em retratar uma história infantil, mas mostrar a realidade na visão de uma criança.

Também é interessante perceber como o autor se preocupou em dar tanta vida ao tigre Haroldo que é visto, claramente, em várias tiras que ambos também discordam de muita coisa, o que, muitas vezes irrita Calvin.

Vou por algumas histórias dele que acho bem legal.

C&H - 0607C&H - 0613C&H - 0616

Veja mais em Depósito de Calvin

O verdadeiro valor

Pra mim, o trecho mais bonito do filme “Marley e eu” que conta a história da amizade entre um cão e o homem. Além desse filme (e livro) recomendo “Sempre ao seu lado”, um filme mais triste, mas que passa uma mensagem mais forte.

“Um cachorro não precisa de carrões, de casas grandes ou roupas de marca. Um graveto está ótimo pra ele. Um cachorro não se importa se você é rico ou pobre, inteligente ou idiota, esperto ou burro. Dê seu coração pra ele e ele lhe dará o dele. De quantas pessoas você pode falar isso?! Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial?! Quantas pessoas fazem você se sentir extraordinário?!” – John – Marley e Eu

Na Real

Escrever é um de meus hobbies favoritos. Todo aquele movimento de passar para um papel ou para outro lugar algum pensamento que carrego comigo me deixa animado. É o que se pode ver por aqui, neste blog. Tão bom quanto escrever, me dá prazer conhecer pessoas que escrevem, como Larissa, uma amiga, que sempre me pede opiniões sobre seus livros.

Nesse domingo, conheci um cara que também adora. Trocamos ideias a respeito, e percebemos as diferenças na escrita que temos. O estilo que mais gosto de escrever é o cômico. Sempre que posso, incluo algumas passagens de humor nos textos que escrevo. Um livro que me inspira bastante quanto a isso se chama “O guia do mochileiro das galáxias” que tem um humor parecido ao meu (tento procurar uma descrição legal a respeito, mas não encontro). Entretanto, aqui nesse blog não cheguei a escrever qualquer texto neste gênero (a maioria dos meus são de reflexões, outro tipo de texto que também gosto de escrever).

Na última sexta-feira, um amigo disse ter escrito um poema. O texto é bom, e, na minha opinião, funcionaria bem como uma letra de música. Ela fala sobre um homem que resolve abrir o jogo com sua parceira, que nunca esteve com ela por amor. Vale a pena conferir e deixar a crítica. Só falando, esse tipo de texto (amores e desamores) não é muito meu gênero para escrever, não tenho dom para tal tema. Ao Karlos, os meus cumprimentos pelo texto (e, por favor, não me bata por postá-lo aqui, rs).

Na real

Na real, nada é verdade
Tudo o que te disse era ilusão
Dor, … era o sentimento
que eu queria despertar em ti

Na real, a vontade era obrigação
A alegria, era o tédio disfarçado
E você, para, mim só servia como diversão
Calma baby, não mereço o seu choro

Na real, de você eu mereço o desprezo
Mas você é tão “pura”
Que me presenteia com o amor
Chega de dor, baby

Na real, nunca senti o amor
Nem seu jeito meigo foi capaz
De a mim despertar
Uma simples paixão

Na real, segue sua vida, baby
Aproveite este meu momento lúcido
Em que te digo
Que não sou aquele que você pensava que um dia fui

Porque do contrário
Na real, você jamais sairá
deste seu vício
que sou eu…

Eder Karlos

Crédito da Imagem: Image by Tú Anh from Pixabay

Das vantagens de ser bobo

O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir, tocar
no mundo.
O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por
duas horas. Se perguntado
por que não faz alguma coisa, responde:
“Estou fazendo, estou pensando”.

Ser bobo às vezes oferece um mundo
de saída porque os espertos só se lembram de
sair por meio da
esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia.
O
bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem. Os
espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se
descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas
humanas.

O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver.
O bobo
parece nunca ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um
Dostoievski.
Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo,
confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado
de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso
porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o
aparelho sem vê-lo sequer.
Resultado: não funciona.

Chamado um
técnico, a opinião deste era que o aparelho estava tão estragado que o
concerto seria caríssimo: mais vale comprar outro.
Mas, em
contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e,
portanto estar tranqüilo.
Enquanto o esperto não dorme à noite com
medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo
não percebe que venceu.

Aviso: não confundir bobos com burros.
Desvantagem:
pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas
que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: “Até tu,
Brutus?”

Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!
Os bobos,
com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu.
Se Cristo
tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.

O bobo é sempre tão
simpático que há espertos que se fazem passar por bobos.
Os espertos
ganham dos outros. Em compensação, os bobos ganham a vida.
Bem-aventurados
os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás,
não se
importam que saibam que eles sabem.

Há lugares que facilitam mais as
pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro,
com tolo, com
fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem
por
não nascer em Minas!

Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando
por cima das casas.
É quase impossível evitar excesso de amor que o
bobo provoca.
É que só o bobo é capaz de excesso de amor.
E só o
amor faz o bobo.

Clarice Lispector

Descobrindo o mundo de Nárnia

Nunca fui muito fã de ler, nunca mesmo. Lia sempre o que achava necessário, como informações úteis, uma coisa ali ou aqui ou piadinha de blog, coisas do gênero. O último livro que havia lido fora “Helena” de Machado de Assis (há quase 3 anos, nem me lembro da história).

Mas, nos últimos dias, com essa febre de Crepúsculo e Harry Potter (ele já foi mais), resolvi dar umas passeadas pelos livros do Submarino, quando encontro um leão na capa que me chama a atenção (não, não estou falando daquele da declaração de impostos, ou qualquer coisa do tipo), estou falando de “As crônicas de Nárnia”.

A primeira coisa que me chamou a atenção foi o “Volume único”, que eu ainda não tinha certeza do que era (não, não estou falando que não sabia que aquilo era um único volume, mas queria saber porque ele o era, entende? Não? Então não me peça explicações). Quando pesquisei mais a fundo, percebi que a série tem 7 volumes, escritos em uma ordem totalmente estranha.

Sim, alguns podem até dizer que conhece, já que a obra tem (mais ou menos) sessenta anos de existência, entretanto, eu só descobri agora (descobri a América, pessoal, que emoção!). Resolvi começar pela ordem cronológica das históricas (o livro tem duas ordens de leitura, a de publicação e a cronológica, qualquer uma é recomendada). Então, li o primeiro livro “O sobrinho do mago” em 4 horas (isso num sábado, a noite). Depois resolvi ler “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa” no mesmo dia em que vi o filme.

Confesso que, apesar da história infantil, o livro me prendeu bastante, a ponto de eu querer ler os outros. O livro conta sobre um mundo que coisas fantásticas aconteciam, mas é contado de uma forma em que você consegue se prender. Percebi que não estou tão velho para ler esse tipo de história (é bom soltar a criança que há em nós).

A série é uma obra de C.S. Lewis e já possui 2 filmes (o terceiro promete sair no fim deste ano).
E você? Lê algum livro?

Tirando a poeira da estante

Eu gostaria de tirar a poeira da estante, falando um pouco sobre os livros que comentei aqui neste blog. Falamos de várias leituras ao longe deste ano, mas hoje focaremos nos livros.

Livros pro ano que vem

No ensino médio, quando ainda estamos pensando no que iremos exercer como profissão, passamos pelo tão temido vestibular. No meu ensino médio, uma faculdade tinha uma espécie de vestibular seriado, que você fazia em todos os três anos do seu vestibular e uma parte dessa prova consistia em ler alguns livros naqueles três anos.

Para nos incentivar a ler, as professoras de português nos passavam a lista de livros e depois nos cobravam perguntas em uma prova específica de português. Só que esses livros têm um vocabulário mais complexo, visto a data em que foram publicados e são de difícil acesso numa cidade pequena como a que eu moro (apenas uma biblioteca, além da biblioteca da escola, com poucos exemplares para quase 100 alunos lerem na mesma época).

Confesso que livros nunca foram meu forte, com exceção de HQ’s, como gibis da Mônica ou histórias como Asterix e Obelix, mas eu não conseguia entender a história em todos os seus detalhes e isso me afastou de uma forma a não gostar de livros. Só que, a partir do ano que vem, uma meta que quero fazer em minha vida é a de me interessar por histórias e livros. Então, começarei por histórias que realmente me prendam e me interessam.

E para você? Qual a real relação que você tem com os livros?

Rir é o melhor remédio

Vamos deixar o dia melhor? Uma piadinha para alegrar o dia:

Os animais pelo rio

Um vaqueiro chega com seu rebanho de vacas à beira de um rio. Preocupado com os animais, ele pergunta a um menino que ali passava:
– Ô, menino, você sabe se este rio é fundo?
– A criação do meu pai passa com a água no peito. – Respondeu.
Confiante, o vaqueiro segue com seu rebanho, mas todas as vacas se afogam. Furioso, pergunta ao menino:
– O que seu pai cria?
– Pato.

No consultório de psiquiatria

– Doutor, eu tenho um problema. Não consigo lembrar de nada do que me dizem depois de um minuto, um minutinho apenas, doutor.
– E há quanto tempo apareceu esse problema?
– Há quanto tempo apareceu o que, doutor?