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Drones (Texto Completo)

Leia abaixo a história completa de Drones, inspirado no álbum homônimo da banda Muse:

01 – Dead Inside

O personagem conversa consigo mesmo sobre todas as coisas ruins e desiste de viver. Todos aqueles maus momentos se passam por sua cabeça, enquanto permanece num chão frio, coberto de sangue. Toda aquela trajetória, desde ser apenas um lacaio que se vê como um expectador, passando pelo momento em que se torna o braço direito daquele homem até o momento em que se arrepende. Entretanto, uma voz grita ‘reaja’ para que ele possa consertar seus erros como se deve fazer.

02 – Psycho

O personagem começa contando a história que ele menciona em ‘Dead Inside’. Um homem, tido como Deus, venerado e obedecido faz com que todos sejam seus lacaios. O personagem tenta libertar os outros, mas é tentado com promessas de algo melhor. A priori, ele acredita que pode libertar a todos, tornando-se um ‘agente duplo’, mas tantas regalias lhe faz dominado pelo poder.

03 – Mercy

Ao perceber que fora traído por si mesmo, o personagem tenta reparar o erro, libertando a todos. Entretanto, aquele venerado homem, acusa-o de traição, indicando que ele deve ser punido para que nenhum dos segredos vaze. Ele é perseguido e violentado. A dor física e emocional o consome. Ele clama por misericórdia.

04 – Reapers

O líder sabe que todos o obedecem e gosta desse poder. Pode fazer o que quiser, elimina quem for contra, mas continua sendo venerado. O personagem se sente responsável e culpado por agir como aquilo. Lá dentro, uma guerra se inicia.

05 – The Handler

Pensando ter fugido, o líder opressor encontra o personagem e tem um diálogo com ele. O líder se gaba por ter todos na mão, enquanto o personagem, que fora usado apenas como cobaia é tido por matador. O personagem diz que fugirá, mas o líder debocha dele, instigando-o a fugir.

06 – Defector

O personagem entra em conflito interno. Quer fugir, mas não pode, pois deve consertar o erro que cometera. O líder continua a debochar dele. Entretanto, alguns captam a mensagem e capturam o líder, levando-o para outro lugar. O personagem se vê diante da saída.

07 – Revolt

O personagem continua em conflito interno. Fugir e viver, voltar para lutar e morrer. O que fazer? Aquela voz que ordenou sua reação se materializa diante de seus olhos. Ambos conversam sobre o que é certo ou errado. Ele resolve fugir com outros, poucos, deixando que ali continue uma guerra.

08 – Aftermath

Finalmente em casa, o personagem encontra-se nos braços de sua amada. Aquele é seu refúgio. O personagem declama frases de amor, dizendo que sempre deve cuidar dela, pois ela cuida dele também, sabe seus medos, suas fraquezas, mas sempre está junto a ele. É ela quem lhe dá forças para viver.

09 – The Globalist

O personagem encontra o líder em estado de sofrimento. Pensa até em vingança, mas resolve sentar-se e ter uma conversa franca com ele, sobre as consequências e o mal que todo aquele poder lhe causou. Apesar de tudo, o personagem tem esperanças de que, algum dia, ele se tornará uma pessoa melhor. E, quando isso acontecer, ele estará disposto a lhe dar sua amizade.

10 – Drones

Todo aquele mal lhe passa pela cabeça, como um compilado, para que ele leve como aprendizado na próxima vez. O mundo deve ser mudado, mas para isso, eu preciso me mudar. Então, devo começar hoje mesmo?

Revolt

  • Reaja! Você é capaz de erguer a cabeça e seguir. Seja guerreiro. Você pode se rebelar.

(…)

“Reaja!”. Essa frase me motivou a sair daquele chão frio, mesmo não sabendo de quem era. A liberdade estava próxima. Poucos passos e logo estaria longe dali.

Mas não posso sair. Há uma guerra ali dentro. Devo ficar e ajudar, devo me redimir de todo mal que fiz, transformando todos esses lacaios do poder em homens de bem. Fazer o mal é muito fácil, fazer o bem e se preservar deste lado, não. Entretanto, voltei à luz e eles também podem. Devo voltar.

Posso morrer. O que fazer? Essa dúvida machuca meus pensamentos, fere meus sentimentos. E se eu sair dali e ele me alcançar novamente? Ele, o mal. Sinto o gosto da liberdade que, todavia, se mostra a cada minuto mais distante. Sei que esse é um mal que nunca parará. O que fazer? Sou parte desse sistema, devo ser parte de sua destruição também!

Quando toda a guerra acabar, tudo voltará a ser o que era antes. Um poder, vários em seu poder. Não posso fugir desse controle. Não posso ter essa liberdade. Não apenas eu.

Sinto-me fraco para continuar, sinto-me em dúvida. Fui cruel. Não devo tomar minha liberdade. Perdi minha alma, perdi meu caráter.

“Não pense assim!” – dizia a mesma voz de antes, agora em matéria.

“Você não está só, você não perdeu sua alma. Seu arrependimento é válido. Aqueles homens foram consumidos pelo poder. Se você foi capaz de se libertar disso, eles também podem!

Vê, atrás de você? Quantos ali não perceberam o mesmo. Estão ensanguentados, com frio. Preferiram a liberdade. Compreendeu que todos merecemos respeito por igual, não vivermos em uma hierarquia de poder. Eles são jovens sedentos por liberdade e esperançosos por um futuro melhor.

Assim como eles, você ainda tem muito a provar. Já provou o gosto de sangue e fome desta terra, agora deve sentir o frescor da brisa e da água pura.”

Ele me mostra suas cicatrizes.

“Eu já fui um de vocês e os estive observando. Ajudei quem fosse preciso, como ajudei você. Fiz o que você almejou, recusando minha liberdade. Alguns são ingratos e acreditam que somos todos egoístas, que somos todos iguais, que somos todos maus, que não queremos ajudar ninguém. Nem todos somos assim. Somos ainda o que chamam de ‘a esperança da humanidade’ e assim que continuaremos a agir.

Por isso, vá! Vão. A liberdade os espera. Vocês têm muito a crescer, muito a ver. Acompanhem seus filhos, cuidem de suas famílias, preservem seus amigos, pratiquem o bem e a solidariedade. A vida é bela para continuar desperdiçando. Não sejam mais escravos de nada ou ninguém. O mundo ainda acredita em pessoas boas como vocês. Sejam a alegria, a felicidade, a verdade, a vida.

Espalhem coisas boas para o mundo.  Não sejam escravos da maldade só porque muitos são assim. Não façam o mesmo que os tolos só porque é divertido. Tenham caráter, tenham moral. Tenham uma vida digna e plena, sem se preocuparem em recompensas. Sejam os verdadeiros humanos.

Vocês podem fazer este mundo ser o que quiserem.”

https://www.youtube.com/watch?v=ZuL3GsnhbdE