Vindo de tão distante,
Com paisagem tão estranha,
Onde todo mundo dança,
Mas ninguém encontra no mapa.
O costume aqui é tão louco,
Mesmo com luzes tão brilhantes e coloridas
Ouço uma canção ao fundo,
Mas aqui no centro ninguém dança.
Nem um passinho curto
E a pista ali largada
O terno preto e a gravata estão intactos
A baia do vestido não está amarrotada
Tem sapato limpo pra todo canto
E eu não vejo nenhuma mesa arrastada.
Que festa é essa que me convidaram,
Ninguém nessa terra comum dança
Eu não vim de tão longe, de uma terra estranha
Pra ficar aqui parado.
Trago a batida
O corpo não pode ficar parado
Trago meus passos
E meu par de pés há, pela manhã, de ficar cansado
Trago o movimento
Não me olhe como se eu estivesse errado
Trago a batida
Quero pegadas por todo os lados deste salão lotado.
É fácil continuar se regrando
Só pra não ser zoado
Por que você fica aí dosando
Entre ser feliz e ser criticado?
Estou entrando numa terra em que ninguém faz nada diferente
Como se o diferente fosse um crime hediondo
Calma aí, meu bom ser humano
Seu desejo está brilhando em seus olhos
Então, venha, vamos cair na dança.
Trago a batida
Danço como se fosse a última vez
Trago a batida
E o baile me acompanha
Trago a batida
O sol pode nascer, a hora não termina
Trago a batida
Felicidade define, felicidade contagia
Trago a batida
Até o DJ se anima
Trago a batida
Ou é a batida quem me traz?
Trago a batida
Para meu novo lar
Trago a batida
E aqui vou ficar
Pois, qualquer lugar que me deixe por minha felicidade em primeiro lugar
Tem um lugar especial reservado dentro de mim.