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A saideira

  • Hey, Priscila! Você por aqui nesse bar?
  • Edu! Que surpresa agradável em ter sua presença.
  • Igualmente. Estava com meus amigos naquela mesa mais distante, distraindo um pouco a cabeça. Se tivesse te visto antes teria te chamado para se sentar conosco.
  • Tudo bem! Estou aqui com uma companhia de anos, meu amigo Martin.
  • Tudo bem, Martin? Prazer em conhecê-lo
  • Igualmente, cara.
  • Bem, preciso ir. Está um pouco tarde.
  • Não, por favor, sente-se aí. Fique mais um pouco e tome a saideira conosco. Estava eu aqui já começando uma história que vivi há alguns meses. Seria bom ter seu olhar crítico.
  • Você sabe que sempre instiguei suas histórias.
  • Por isso que você é o ingrediente perfeito para minha receita. Por favor, sente-se.
  • Camarada, por favor! Desce mais uma gelada pra essa mesa aqui.
  • Sim, amigo. Peça uma bem gelada, pois a história que tenho pra contar é uma bebida amarga que desce por nossas gargantas.
  • Como uma bebida quente?
  • Sim. Uma bebida quente que viria bem a calhar às pessoas de temperamento frio que existem nessa história.
  • Muito interessante.
  • Te darei uma dose de realidade. Não essa a qual estamos acostumados: Levantarmos cedo, ir à labuta, estudar a noite, voltar cansado e, nos finais de semana, reunirmos com nossos amigos no intuito de eliminarmos esse stress que nos guarda.
  • A história é tão terrível assim?
  • Digamos ser uma história um pouco dolorosa. Uma história que deveríamos tomar consciência e ajudar.
  • Caramba! Por favor, estou curioso.
  • A história começa numa pequena vila dominada por um carrasco.

Discussões saudáveis

Neste sábado, um amigo meu veio me pedindo uma ajuda sobre um texto que ele havia escrito. Era sobre um resumo que ele fizera de um trabalho que ele apresentaria logo (ele não quis me dizer a data para que eu não aparecesse lá na hora, mas, tudo bem. Terá troco!).

Eu era a última opção que ele tinha de ajuda. Também, né, depois de tudo que falei pra ele, tadinho. Isso porque eu já era o terceiro a comentar e todos os outros divergiram suas opiniões comigo. Aposto que até aqui você não está entendendo coisa nenhuma, então, vou contar desde o início.

Era o seguinte: ele havia escrito um resumo sobre um projeto que ele faria: a modelagem da faculdade utilizando a ferramenta 3D Max Studio que vinha com um plugin de exportação capaz de converter os arquivos (Caramba, não acredito que estou tão por dentro assim do projeto… rsrsrs). Ele já havia mostrado o texto para dois de seus colegas e ambos (ambos os três, né Luan?¹) disseram que estava bom. Entretanto, nas minhas mãos, o texto não passou.

Sim, eu posso ser bastante enjoado, o pessoal pode mesmo querer me xingar, me bater, me jogar de uma escada (credo! Quanta violência!), mas eu gosto de analisar bem as coisas (quando me interessam, claro) e uma coisa que gosto muito é de escrever. (Vocês notaram, eu sei, já que até aqui foram 232 palavras, enfim…[Não vá contar, hein!²]). O problema foi que eu tive de corrigir muitos erros, tais como:

  • Problemas de vírgula: Caramba, tive de pegar ar em cada frase que ele escrevia. Eram frases enormes e ele não colocava vírgula de forma alguma.
  • Frases sem fim: Este é o mal de quem não presta atenção no que lê (ele vai me bater depois dessa). Você já leu uma frase que parecia não ter fim? Ela é mais ou menos assim: você vai lendo, vai lendo e, de repente, tem um ponto. É complicado explicar, mas, geralmente, essas frases começam com verbos no gerúndio (-ando, -endo, -indo). Por exemplo: Escrevendo este blog, utilizando ferramentas de html e algumas ferramentas que o próprio wordpress é capaz de me oferecer. Entendeu?

Esse tipo de coisa pode ser evitado se o texto for relido, com ajuda de uma pessoa ou, até mesmo de um professor de português formado pela PUC com doutorado em… (eu sei, exagerei).

Mas, o melhor de tudo foi a nossa discussão. Tudo bem, zuações a parte (o que não é uma conversa entre amigos sem qualquer zuação, não é verdade?). Primeiro, discutimos sobre o texto e depois sobre como poderia ser sua apresentação. Repassei alguns conhecimentos que eu tinha e ele me deu a opinião dele. Daí, conseguimos montar alguma coisa bem legal, contamos algum casos que já aconteceram, algumas experiências que já tivemos e ainda marcamos de jogar um play station na casa dele (leu bem aí, né Luan?).

É outro ponto que precisamos conversar também: a respeito de compartilharmos nossos conhecimentos. Mas, isso é assunto pra outro post, senão chegaremos a 1.000 palavras (não, ainda não chegamos –‘). O importante foi que de dois conhecimentos diferentes conseguimos chegar a uma conclusão semelhante, aprendemos alguns conceitos e, podemos dizer, tivemos uma conversa bastante produtiva.

Aos que acharam o texto muito grande, minhas desculpas.

Aos que encontraram erros de português e falhas na escrita, minhas desculpas.

Aos que pensaram em me dar R$ 1.000.000,00 e se arrependeram, não desculpo. >.<

Abraços a todos e uma ótima terça-feira. E uma péssima quarta. [Hum]

¹Piadinha interna em que certa hora ele me perguntou se no lugar de ‘os dois’ poderia colocar ‘ambos’ e eu disse que só não poderia colocar ‘ambos os dois’. Então, ele retrucou com um ‘então coloca ambos os três e está tudo certo!’. Detalhe que, depois disso, ele não parou mais de rir… e da própria piada!

² Aos interessados: 653 palavras, segundo o wordpress e 662, segundo o MS Word 2007.