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Last Hope

Desistir…

Palavra que ecoa tanto em minha cabeça. Obstáculos que me derrubam, fazem-me chegar até aqui. Estou chorando. Meu coração, despedaçado. Minha cabeça dói. Estou uma bagunça. Não vejo ninguém. Não vejo nada.

Desistir?

O destino me trouxe até aqui. Apenas um robô controlado por mãos alheias. Não almejo algo tão metódico. Pensei que, guiado, seria mais feliz, mas as dificuldades fazem parte do processo. Serei feliz apenas quando der o meu melhor, quando souber quem sou de verdade, quando à prova, me por.

Desistir? Jamais!

Há uma faísca que pode crescer e se tornar um fogo de esperança. Apenas uma faísca, mas o suficiente para me fazer crecer.

Eu durmo e acredito que tudo será diferente amanhã. Serei melhor e farei melhor. Durmo com muitos planos para o dia seguinte. Amanhã será um dia melhor. Ao acordar, percebo que nada mudou. A vida é aquela velha vilã de todos os dias.

Uma velha vilã? Então venha! Sou um novo heroi a cada dia, disposto a vencê-la e hoje estou preparado. Tudo será do mesmo jeito enquanto eu permanecer intacto. Está na hora de transformar toda essa esperança em ação. Deixe que a vida aconteça, que eu a transformo em algo melhor.

É apenas um brilho de esperança, mas o suficiente para elevar um espírito guerreiro, para estar de pé dia após dia e lutar por aquilo em que acredito. As feridas já não me machucam mais. Sei que já fazem parte de mim e por isso as tratarei como lembranças que me fizeram amadurecer. Estou mais forte e é essa força que me mostra que toda essa esperança que carrego, não é em vão.

Então, deixo que a vida aconteça. Uma batalha a ser vencida que não se finda com o cerrar dos olhos. É só uma faísca, eu sei, mas é o suficiente para me fazer continuar. Mesmo que esteja escuro e não haja ninguém para me acompanhar, essa faísca dentro de mim brilhará, mais e mais forte, para que eu possa continuar seguindo.

>> Música indicada por Tamires Domingues

Maldito brilho que me ofusca

Era sábado de manhã. Eu, Rayne e Álvaro estávamos sentados vendo vídeos de música, enquanto esperávamos pelo horário de aula. Estávamos no saguão da faculdade, sentados em um banco. Eu com meu notebook no colo e os dois ao meu lado, pedindo para que buscássemos algum vídeo no youtube.
De repente, meu coordenador surge. Ele se senta e começa a papear conosco. Ele nos conta uma história que eu achei ser muito interessante, pois é o que passamos em certas ocasiões na vida.
É válido ressaltar que o texto que se segue serve para refletirmos, não só como a vítima (o vagalume), mas como o “predador” (serpente). Será que apenas os outros querem nos ver mal? Será que não tratamos algumas pessoas assim também?

 

A SERPENTE E O VAGALUME

Conta a lenda que uma vez uma serpente começou a perseguir um vagalume.
Este fugia rápido, com medo da feroz predadora e a serpente nem pensava em desistir.
Fugiu um dia e ela não desistia, dois dias e nada….
No terceiro dia, já sem forças o vagalume parou e disse à cobra:
– Posso lhe fazer uma pergunta?
– Não costumo abrir esse precedente para ninguém, mas já que vou te devorar mesmo, pode perguntar.
– Pertenço a sua cadeia alimentar?
– Não.
– Eu te fiz algum mal?
– Não.
– Então, por que você  quer acabar comigo?
– Porque não suporto ver você brilhar!

“Pense nisso e selecione as pessoas em quem confiar.”