Voltando ao guarda-roupa de Nárnia

15 anos após sair do guarda-roupa de Nárnia, eis-me aqui novamente encantando por revistar um dos países literários mais encantadores que fez parte, não da minha infância, mas do início de minha vida adulta.

As crônicas de Nárnia – O leão, a feiticeira e o guarda-roupa, uma obra de C.S. Lewis escrita em 1950, segue sendo uma das minhas histórias favoritas de todas. Revisitar um mundo mágico, onde todas as criaturas podem interagir com você, revive aquela criança capaz de criar novos mundos, personagens, histórias e diversão, sem poder sair do lugar.

Lúcia, que talvez seja a personagem principal, visto que C.S. Lewis escreveu para sua pequena querida Lucy, entra neste mundo encantado após se esconder num guarda-roupa cheio de abrigos de frio para não ser encontrada no jogo de pique-esconde que ela brinca com seus irmãos mais velhos. Após ter um encontro com Tumnus, seu primeiro amigo narniano, um fauno, ela volta correndo para lhes contar sobre nárnia. É claro que foi necessário que os outros entrassem nesse mundo para poder acreditar nela.

Explorar Nárnia não foi nada fácil para Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia. Primeiro, eles precisaram conhecer o motivo de lá sempre ser inverno e nunca haver natal. Depois, contaram a eles sobre a terrível Feiticeira Branca e, ainda, contavam sobre o misterioso Aslan, que todos acreditavam que algum dia poderia voltar. Pra piorar, Edmundo, que nunca foi um irmão muito obediente ou empático, os trai para poder comer um pouco mais de manjar turco, uma sobremesa viciante dada a ele na primeira vez que ele entrou no mundo de Nárnia pela Feiticeira Branca (ele não havia dito a ninguém sobre só para contrariar Lúcia).

Essa traição tem consequências graves: em primeiro lugar, eles não poderão voltar a seu lar enquanto não encontrarem Edmundo, que se dispersou do grupo para reencontrar a feiticeira. Segundo, ele presenciou a transformação de vários habitantes em pedra. Terceiro, como dizia uma profecia, a vida de todos os traidores pertencem à feiticeira, mas, para contornar essa última situação, Aslan se oferece como tributo e isso acaba provocando uma guerra entre bons e maus narnianos.

Uma vez rei de Nárnia, sempre rei de Nárnia. Anos depois de seus reinados, as crianças, já adultas no fim do livro, retornam do guarda-roupa, voltando ao mesmo dia de quando saíram de casa. O guarda-roupa se sela e a próxima aventura não começará mais no guarda-roupa.

Antes, eu tinha um volume único, como vocês puderam ver no post de 2010, aqui neste blog. Agora, estou refazendo minha coleção com lindos livros de caba dura e ilustrações coloridas. A coleção merece esse carinho. Com certeza, eu jamais ficarei longe das terras de nárnia, pois aqui também é meu lugar seguro (mesmo que por lá volte a ser inverno).

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