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O Shadow, cara, o shadow!

Hoje foi dia de cineminha com as minhas crianças. Note aqui que eu disse minhas crianças e não meus filhos! E o filme, prometido desde o fim do ano passado foi o Sonic 3, depois de termos assistidos juntos aos dois primeiros.

Com certeza, Sonic fez parte da infância de muita gente, principalmente da minha geração, crianças da década de 90. E falando em década de 90, até tivemos uma referência dela no filme, onde Tom, o “pai” do Sonic no filme, assopra um pendrive (???) e ele funciona, fazendo referência à época em que assoprávamos cartuchos. Ah, e ele e a esposa Maddie soltam em uníssono que os anos 90 foram a melhor década (você concorda?)

Vamos deixar claro que eu assisti ao filme dublado (e em 2D), por isso, não posso afirmar se isso faz parte do texto original, mas sabemos que a dublagem brasileira é uma das melhores (senão a melhor) do mundo, segundo fontes de… bom, não foram precisas.

O filme apresenta o nosso queridíssimo Shadow (O Shadow, cara, o Shadow), um personagem que ganhou muito (e muito mesmo) destaque no ano de 2024 (até ganhou um jogo próprio que eu só pude experimentar na BGS do ano passado, mas que estou doido para comprar uma cópia).

Aproveite também pra ver o trailer do jogo lançado ano passado:

Claro que eu não posso falar muito do desenvolvimento do Shadow, até porque iremos evitar spoilers por aqui, mas é aquela história: ele é criado por uma família e vira muito amigo da Maria, uma garotinha bem fofinha. Aí acontece alguma coisa no laboratório onde estavam fazendo experiências com ele (uma espécie de explosão) e a garota, infelizmente, vai de arrasta pra cima. Julgando que Shadow era perigoso pra humanidade, mas não querendo matá-lo, pois ele era muito precioso, eles resolvem congelá-lo.

50 anos depois, algo acontece e ele “volta à vida”. Ele carrega apenas no coração o desejo de se vingar de todos. E, aí, ele se junta a um novo personagem para dar sequência ao seu plano. E, chega, né? Se você quiser saber mais, vá ver o filme!

Não vou dar nota, mas queria finalizar dizendo que sim, gostei bastante do filme. Aproveitei para comprar o balde, até porque minhas crianças queriam muito comer pipoca.

E é isso, galera. Vocês gostaram?

O filme do mochileiro das galáxias

Foram os golfinhos que tentaram nos alertar da destruição prévia do planeta terra, mas nós nunca entendemos a mensagem. Por isso, eles nos deixaram e junto, uma mensagem: “Até mais e obrigado pelos peixes”.

Introduzindo

Em 2005, a série de rádio de sucesso e, posteriormente, série de livros de Douglas Adams, o Guia do Mochileiro recebe sua versão em filme homônimo dirigido por Garth Jennings, produzido pela Walt Disney Pictures em outubro de 2003, dois anos após a morte do escritor. Mesmo sabendo que filmes geralmente não seguem a risca dos livros, o filme deixou muito a desejar e eu te digo o porquê.

Piadas sem sentido

Se você leu o primeiro livro, consegue entender bem o que se passa em cada cena. Porém, se você apenas assistiu ao filme, creio que muitas interrogações pairam em sua cabeça. O filme começa com a destruição da terra, após uma conversa entre Arthur Dent e Ford Prefect, regrada de 3 canecas de chopps (alguém reparou numa senhora que fica parada olhando para o rumo dos protagonistas sem motivo aparente?), mas a conversa toma outro rumo quando Arthur, sem prévio aviso, começa a contar sobre como conheceu Tricia Mcmillan.

Já de cara, é perceptível como o filme perde muito do humor do escritor, como na parte em que Ford apenas oferece cerveja para os operários que querem destruir a casa de Arthur, ao invés de confundi-lo. Na obra, há todo um diálogo sobre como não há diferença se for Arthur ou qualquer outra pessoa (inclusive, o próprio operador de trator) que ficasse ali deitado, enquanto eles vão tomar uma cerveja no bar ali do lado. Arthur ainda vai sem problemas com Ford, sem esboçar qualquer sinal de preocupação, seja porque vai perder sua casa ou o seu planeta.

Outro ponto: se a toalha é um item tão importante, tanto que ganhou uma página exclusiva no livro e um dia a ser comemorado em nosso ano, por que no filme sua importância foi resumida a uma fala de Ford? “Cadê a toalha?”

Também fica a dúvida: como Ford foi parar na Terra e o que ele estava fazendo lá? Outras piadas que envolvem deixar seres intergaláticos confusos, como na cena em que os seguranças dos Vogons vão expulsá-los da nave e a única frase que eles dizem é “Resistir é inútil” (poxa, gente, tinha toda uma questão filosófica aí).

Uma das melhores partes

Confesso que adoro o fato de transformarem a cena de revelação da pergunta fundamental sobre a vida, o universo e tudo mais em um grande evento: com um grande público que vibrava a cada sentença que o super computador diz: “A resposta para a questão fundamental da vida, o universo e tudo mais é…”

(Pausa dramática)

42.

MagratheaA origem de tudo

O grande computador diz aos criadores que, não basta saber a resposta, é preciso entender qual a pergunta fundamental para a vida, o universo e tudo mais. Por isso, eles precisam construir um supercomputador de 10 milhões de anos para a questão. Entretanto, dois dias antes de encontrarem a resposta, os – transformados em – ratos (a primeira espécie mais inteligente da terra, seguido dos golfinhos e depois os humanos) veem a Terra ser destruída pelos Vogons. Por isso, eles precisam partir para Magrathea, um planeta onde ricos podem encomendar seu próprio planeta (alguém encomenda a segunda Terra).

Finalizando

O filme é mediano, mas ilustra boa parte do livro, para quem precisa de um reforço, visto que o livro precisa de uma atenção um pouco maior para aqueles que não estão acostumados com o humor no estilo britânico de Douglas. Entretanto, muitas piadas se perdem, pois muitas frases soltas são jogadas do nada no mesmo filme (como a cena em que Ford começa a girar uma manivela na nave Vogon e apenas diz que nada está acontecendo ou quando Arthur aperta um botão e apenas aparece a mensagem: “não aperte este botão novamente). Neste caso, a ordem é ignorar a piada (qual?) e seguir vendo o filme.

Anastasia (filme)

(Contém spoilers)

“E a canção de alguém foi no mês de dezembro…”

Intro
Anastasia é um filme de animação americano de 1997, em formato musical, produzido pela Fox Animation Studios e distribuído pela 20th Century Fox, dirigido pela Walt Disney Animation Studios. O filme conta a história da família russa Romanov, tendo como protagonista a jovem Anastasia.

O gatilho
No baile de comemoração dos 300 anos da Família Romanov, surge Rasputin acusando o Tsar Nicholas II de traí-lo (na verdade, um acusa o outro, mas tudo bem). Rasputin amaldiçoa toda a família em troca de sua alma. Entretanto, para seu desgosto, um dos membros da família consegue fugir com a ajuda de um garoto que trabalha na cozinha do castelo, junto de sua avó. Por não ter conseguido completar a maldição, Rasputin se vê no limbo, local entre os vivos e os mortos, portanto, sua missão passa a ser matar Anastasia para que possa descansar em paz, finalmente.

Um pouco do que se passa
Quando conseguiu escapar, Anastasia tinha apenas 8 anos. Ela passa a viver num orfanato, tendo perdido sua memória. Seu desejo é poder saber se ela realmente tem alguma família. Sua avó sempre viveu em Paris e, no dia da maldição, acabou escapando também. Seu desejo é encontrar sua neta. Ela oferece 10 milhões de rubles a quem encontrá-la, o que atrai muitos golpistas.

O ex-cozinheiro do castelo que a ajudou a fugir, Dimitri, se junta a Vladimir. Eles tentam encontrar uma moça parecida à Anastasia, para por às mãos no dinheiro. Quando veem a semelhança de Anya (que na verdade é Anastasia, porém sem memória) resolvem levá-la para sua avó em Paris com a promessa de que ela é sim a verdadeira alteza, algo que eles também não sabiam.

Filme pra criança?
Pode ser um pouco clichê isso que vou falar, mas se tirarmos todos os elementos malígnos do filme, com certeza vira um filme bonitinho para crianças, com princesa, música, uma bela história, etc.

O problema fica a cargo de Rasputin. Como ele não estava morto, o vilão sofre com alguns problemas bizarros: suas partes anatômicas saem de seu corpo, como mãos, olhos e boca, sua cabeça entra em seu corpo, mostrando ossos, e se ouve muito expressões como “vou matá-la”, “maldição”, “vender a alma”, além de elementos que remetem ao inferno.

Referência de outro filme
Anastasia, antes de encontrar sua avó, assiste à Cinderela em uma peça de teatro.

Encontro
A avó de Anastasia se recusa a encontrar mais alguma garota, depois de tantos anos desiludida, mas Dimitri é persistente (ele acaba descobrindo que Anastasia é a verdadeira princesa) e forja um encontro entre as duas. A avó e Anastasia conversam por um bom tempo, até que elas revelam dois itens que as duas mantinham em segredo: Um colar (que Anastasia usava com os dizeres “Juntas em Paris”) que abria uma caixinha de músicas, dada por sua avó. Por fim, Dimitri recusa o dinheiro e resolve partir.

Final
Final feliz e um pouco clichê. Pode assistir sem medo.

Miss you love

Poltrona M-17. Centro. Muitos à frente, tantos atrás. Poltrona solitária em uma fila dominada por jovens. A sala aqui fora, cheia. A sala aqui dentro, vazia. Uma gota na calça.

Na tela, um casal apaixonado, mas eu só vejo um cara no chão, chorando. Esse sou eu, aos pés de tantos apaixonados aqui. Eu deveria estar como eles, no entanto, brigo com a própria dor.

Um milionário me disse uma vez que é preciso saber ganhar o que se almeja ter. Não basta tê-lo. Ele me disse que perdeu toda a sua riqueza, pois não sabia como administrá-la. Era milionário pois tinha tanto dinheiro, mas nunca foi um de verdade, pois não soube mantê-lo por tanto tempo.

E assim fui eu, quando conquistei seu amor. Por um instante, por um sorriso tão maravilhoso e um coração tão bondoso, senti-me milionário. Mas nunca fui. Riqueza essa que jamais fora de posse minha.

Por um instante, mantive em mim o que nunca foi me pertenceu. Por algum tempo, você tentou ficar e me fazer entender que seu sentimento era puro e verdadeiro. O entendimento nunca me veio. Estar ao meu lado era o único motivo que acreditava bastar para havermos o “nós”. O “nós”  que nunca existiu.

Você me amava. Eu não te respeitava. Quem aguenta viver assim? Com certeza, você não! Tão singela partiu e me deixou. A princípio, pensei que fosse qualquer drama seu, mas você nunca mais voltou.

Em algum momento, sei que te fiz chorar. Agora choro, choro pois eu mesmo me fiz chorar. Sinto sua falta. Falta de ser aquele milionário, detentor da riqueza de seu amor.

Agora estou só, sentando nesta poltrona solitária, assistindo a um filme de amor, com um final feliz. Um que eu não tive e nem serei capaz de ter. Sou só eu e a dor. E uma gota tímida em minha calça jeans.