Arquivo da tag: azaleia

Azaleia – 1º conto

Não sei se foi a dor de cabeça, vindo daquela chuva pós-calor e deitado numa rede que me fez confudir um pouco dessa história, mas a história que li hoje parece um tanto confusa.

Azaleia, o primeiro conto do livro 7 contos fantásticos, de Janaína Vieira, conta a história de uma garota chamada Gloria, a mais velha entre três filhos do casal – leia o conto para, talvez, descobrir o nome de seus pais – que tem apenas 16 anos, porém odeia se ver no espelho. Por conta disso, manda o espelho pro quarto da irmã do meio.

Ela tenta fazer inúmeras dietas, mas nenhuma funciona. Porém, sua família é daquele tipo que não apoia a filha e vive fazendo macarrão, pudim, cereal, tortas e tudo de gostoso, porém que engorda.

Apesar de sua preocupação com a aparência, em que ela é muito preocupada, ela é muito inteligente. Em épocas de provas, todos querem se sentar próximo a ela, pois ela gosta de passar colar, pois é o único momento em que se sente uma deusa, pois nenhum garoto se sente atraído por ela – o que pra ela é a única coisa que importa, seus atributos físicos.

Aí chega um garotão, todo saradão, que tem um cabelo bonito e mais um monte de baboseiras que a escritora enfatizou ao elogiá-lo. Claro que, por este ser um garoto muito bonito, ela o quer, assim como todas as garotas do colégio – incluindo as casadas, o que acende o alerta do chifre dos jovens marmanjos daquele colégio. Por conta disso, ela bota uma meta de vida: emagrecer para que ele possa notá-la.

Numa bela noite, sem preocupações em explicar a história, ela acorda e percebe que está magra, bela, recatada e do lar. Porém, mesmo ela estando magra, o seu corpo gordo permanece ali deitado na cama. Então ela pensa numa maneira de tirar o seu antigo eu de lá, pois ela jura de pés juntas que é impossível que ambas vivam no mesmo lugar. Mas, sem sucesso, pois a sua antiga ‘eu’ não responde a nenhum chamado e ela tem que dividir sua cama (provavelmente de solteiro) com ela.

Apesar de magra, nem sua família, nem seus colegas de escola notam a diferença.

O garoto que ela está afim, que se chama Ronaldo, está ali rodeado de garotas, inclusive ela. Pra ele, todas elas são como barbiezinhas: iguaizinhas, magras e com o mesmo sorriso. Então, assim que elas o largam, ele confidencia ao melhor amigo, jurando que ninguém mais está ouvindo, que só tinha uma garota que ele realmente queria conhecer, por ela ser única e diferente de todas. A essa altura, você deve saber que estou falando da Gloria.

Ouvindo isso, Gloria volta pra casa e percebe que o seu antigo eu não estava mais em casa e seus pais comentam algo do tipo que ela ‘não havia voltado da escola’, apesar de ela nunca se atrasar.

Agora, eu não sei se encaro isso como a morte dela ou um tapa na cara de que a pobre menina só virou uma mais na sociedade.

E, se você ficou confuso com essa minha resenha, acredite: eu fiquei pior ao ler o conto.